“Depois de mais de um ano de pandemia e das experiências de compra em 2020, o consumidor está mais preparado e esperançoso para a Black Friday deste ano.”

A Black Friday, termo norte-americano para a data mais importante do varejo, é o principal evento de descontos do ano e uma oportunidade para as marcas criarem estratégias de queima de estoque e ainda gerar leads para impulsionar as vendas no Natal.

A Behup apresentou resultados de 2020 e previsão para 2021 na pesquisa “Retomada do Consumo 2021 para Inteligência de Mercado Globo”.

Em 2020, a Black Friday ocorreu na pandemia da Covid-19, e as restrições influenciaram o comportamento do consumidor na nova realidade do isolamento social.

“Novos tempos geram novas práticas e costumes, que impactam desde as atividades até os comportamentos de consumo dos brasileiros durante a pandemia.”

Behup – Pesquisa Retomada do Consumo 2021 para Inteligência de Mercado Globo – Amostra: 1.681 pessoas

No isolamento social, o e-commerce foi uma aposta para aproveitar as oportunidades do mercado. 30% afirmaram que na pandemia iniciaram ou aumentaram as compras de produtos online. E, desses, 24% pretendem manter esse comportamento.

Behup – Pesquisa Retomada do Consumo 2021 para Inteligência de Mercado Globo – Amostra: 1.681 pessoas

“80% realizou compras através de novos canais de venda, como whatsapp ou redes sociais de lojas. 25% das pessoas se planejam para comprar em datas promocionais como a Black Friday, por exemplo. 10% participou de live commerce, 53% dessas pessoas acabou comprando algum produto e 88% diz que pretende participar de lives no futuro.”

Categorias de destaque nas live commerces: 
●     Roupas e acessórios (71%);
●     Eletrônicos (69%).

Principais fatores na live commerce: 
●     Preço e condições de pagamento (70%); 
●     Conhecer novos produtos e serviços (68%); 
●     Entender mais sobre os produtos que não podem ser experimentados (58%); 
●     Entender o modo de uso de um produto ou APP (57%); 
●     Tirar dúvidas sobre o que pretende comprar (56%); 
●     Recomendação do apresentador da Live (44%).

Behup – Pesquisa Retomada do Consumo 2021 para Inteligência de Mercado Globo – Amostra: 1.681 pessoas

Depois das experiências de compra na pandemia, 47% dessas pessoas afirmam que pretendem aproveitar a Black Friday 2021, dia 26 de novembro.

“De acordo com o 2020 Retail Index da IBM, a pandemia acelerou a mudança do varejo físico para o e-commerce em até cinco anos. Com a pandemia prestes a continuar causando uma interrupção significativa no varejo físico ao longo de 2021, as marcas estão cada vez mais procurando criar buzz e entusiasmo em torno dos eventos e vendas de compras online. Grandes eventos como a Black Friday ainda vão acontecer, como em 2020, mas com uma presença física reduzida e um foco renovado na experiência omnichannel que leva em consideração as formas como os hábitos de compra mudaram no último ano”, WGSN.

Tendência Omnichannel e o novo comportamento de consumo

“A forma de comprar mudou. Cada vez mais fazemos buscas online antes de ir às lojas físicas. E a tendência omnichannel irá continuar, cada vez com mais destaque e protagonismo para transações no universo digital”, Think with Google.

Como navegar no contexto do novo comportamento de consumo?

A plataforma Think with Google promoveu um guia de commerce para marcas e varejistas com insights, dados e soluções para campanhas omnichannel mais otimizadas e relevantes:

1. Alcance seus clientes enquanto eles navegam

2. Engaje seus usuários enquanto eles fazem buscas

3. Converta pessoas que estão em busca de produtos

4. Se prepare para as compras de fim de ano

Green Friday, Consumo Consciente e Sustentabilidade

“A cadeia de valor da moda linear tradicional transita para um sistema circular”, Business of Fashion.

Green Friday é um movimento que coloca em discussão o consumo excessivo da Black Friday e incentiva o consumo consciente. A iniciativa impulsiona a economia circular e a sustentabilidade para o futuro da moda e a responsabilidade social do consumidor.

O consumo consciente cria uma percepção de que cada aquisição traz um impacto, positivo ou negativo, na economia, relações sociais e na natureza.

“Já consumimos durante todo o ano, mas durante a Black Friday, na última sexta-feira de novembro, começam oficialmente as compras de Natal e o consumismo aumenta ainda mais. Contando com várias promoções e diversos produtos com descontos, é fácil esquecer do consumo consciente e se deixar levar pelo impulso. As promoções da Black Friday incentivam o consumo excessivo, motivado apenas pelo sentimento de posse e não de bem-estar ou necessidade”, Beegreen.

“Um terço (36%) dos britânicos está comprando mais de empresas com fortes credenciais ambientais conforme as prioridades mudam durante a pandemia”, Internet Retailing.

O comprometimento do consumidor e a circularidade promovem a sustentabilidade no consumo e o impacto ambiental positivo. Ao mesmo tempo, o mercado ainda se utiliza de datas como a Black Friday para induzir o consumidor à comprar por impulso. É possível buscar o equilíbrio entre o mercado e o planeta se implementarmos a circularidade como um imperativo dentro das indústrias ao redor do mundo e desenharmos novas estratégias baseadas num pensamento regenerativo e menos consumista. O desafio está posto.

“Modelos de negócios circulares não serão opcionais”, McKinsey & Company

#BusinessofFashion #BOF #McKinsey #McKinsey&Company #ThinkwithGoogle #WGSN #BlackFriday #GreenFriday

“Trabalhamos para a conscientização sobre a importância da ‘reciclagem’ dos metais que já foram extraídos do solo e assim criamos um sistema produtivo circular, sem danos ambientais, sociais ou econômicos.”

O Yby Bank promove um novo ciclo para reuso de metal pelo sistema produtivo circular. A atividade do Yby Bank apresenta a demanda de metais reciclados pela rede de parceiros, e a oferta pelos vendedores de metais.

A iniciativa desenvolve um sistema produtivo circular para minimizar os custos ambientais, econômicos e sociais, e para maximizar o valor do resíduo como novo insumo de produção.

“Teremos grande foco no serviço de compra e venda de metais de reuso com rastreio comprovado para empresas que querem utilizar uma matéria prima mais responsável em suas peças.”

Até quanto vale a busca incansável pelo ouro?

Você sabia que a mineração de metais gera grandes impactos no meio ambiente e na sociedade?

A mineração de metais traz impactos negativos ao meio ambiente: remoção da vegetação na área explorada, poluição das águas e do ar, contaminação e erosão dos solos, morte de peixes e outros animais silvestres. 

A atividade também pode causar impactos sociais: remoção de comunidades locais e povos indígenas, trabalho infantil e escravo, e enriquecimento de facções criminosas.

O YbY Bank trabalha os pilares informação, sustentabilidade e inovação para reduzir os impactos negativos e viabilizar o reuso do metal precioso retirado do solo.

“Nosso trabalho vai muito além de uma negociação de compra e venda de metais. O YbY Bank tem, entre seus principais objetivos, o de reforçar a conscientização de que há outras formas de trabalhar com este mercado, sem causar impactos ambientais e sociais. A sustentabilidade dos meios pode ser mantida, assim como as atividades que resultam em desmatamento podem ser evitadas com a viabilização do reuso de metais que já foram retirados do solo. Por isso reforçamos neste projeto, a importância das pessoas com vontade de fazer a diferença no mundo”, Mayara Rovery, fundadora do YbY Bank.

Joalheria x Sustentabilidade

Como empresas do ramo de joias estão se adequando para diminuir seus impactos negativos no meio ambiente?

Com a positiva mudança da mentalidade dos consumidores de moda, as empresas mudaram seus processos e criaram ações que diminuem seus impactos negativos ao meio ambiente.

Na área de joalheria, as marcas encontraram um meio termo entre consumo e responsabilidade. A associada Mariah Rovery, desde 2019, utiliza apenas ouro de reuso para a confecção de suas peças – material de joias antigas de seus clientes em troca de créditos na marca.

E o projeto do YbY Bank promove acesso prático e rápido a metais de procedência responsável e rastreável para as marcas com uma cultura mais transparente no setor de metais preciosos.

Selos para parceiros e associados

O YbY Bank oferece selos e planos de adesão para parceiros e associados:

Selo Bronze (Embaixador): pessoas físicas que apoiam o projeto e querem ajudar a difundir transparência e informação no setor.

Selo Prata (Apoiador): empresas que apoiam o projeto, desejam financiar pesquisas do setor e realizar a compra do metal.

Selo Ouro (Patrono): para aqueles que acreditam nas soluções para diminuir o impacto negativo no meio ambiente e desejam ajudar a financiar pesquisas para um desenvolvimento contínuo.

Selo Verde (certificação de Metal 100% Reciclado): empresas que desejam criar coleções com metal 100% reciclado e ter a autorização de expor o selo nos seus materiais de divulgação.

“A coleção, ousada e distinta, foi cuidadosamente projetada para ser um item básico do armário.”

A nova associada Room lança 4 novas pillow sandals em parceria com a marca americana Cult Gaia.

“Uma colaboração que leva nosso sonho a todo o mundo.”

“Raramente vejo peças pelas quais me apaixono de cara e essa é a razão pela qual abri minha marca. No momento em que vi a originalidade do design brasileiro misturado ao toque puffy da peça, tive a certeza de que precisava entrar em uma colaboração e colocar o nome da minha marca em um sapato como aquele. Há anos tenho a ideia de desenvolver uma criação que tenha esse conceito almofadado e ao me deparar com o sapato, vi que era exatamente o que queria”; “Além do conceito único, tenho também uma grande ligação com o artesanato brasileiro e logo reconheço. Os sapatos da minha marca são fabricados no país graças à técnica incomparável que eles possuem e não vejo nada parecido em nenhum outro lugar do mundo”, Jasmim Larian, Cult Gaia.

A collab apresenta 1 novo modelo e 3 cores exclusivas, com bases de madeira Fifi, da Cult Gaia, e os cabedais de couro napa, tradicional da Room.

“Essa união foi bastante inesperada e ao mesmo tempo uma surpresa maravilhosa para Room. É super gratificante ver uma designer de tamanho sucesso e criativa como a Jasmin considerar a sua criação um verdadeiro Objet d’art. Assim como a Room, acredito que a Cult Gaia também segue um conceito bastante similar ao se inspirar na arquitetura ou no mobiliário para desenvolver a nossa arte. O nosso DNA possui uma forte ligação e temos uma linha de raciocínio muito parecida- ao mesmo tempo que vemos as nossas peças como o ponto chave de uma produção, também as vemos como bons objetos de decoração”, Simone Nunes, Room.

Como as mudanças de mindset influenciam a diversidade, equidade e a inclusão na moda.

O futuro da moda é ressignificar o consumo e buscar soluções para alcançar a sustentabilidade, a representatividade racial, a equidade e a inclusão.

Segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), IBGE, 2019 – “Somos um país onde 56% das pessoas se consideram negras, pretas ou pardas”.

“A moda ainda é uma conversa muito da elite. Durante muito tempo, ela foi pautada nas classes mais altas, de poder, de pessoas brancas. E por muito tempo eu me via em um espaço quase singular, reconheço meus ancestrais que via nas semanas de moda, mas eram poucas pessoas pretas”, Luiza Brasil, colunista da Glamour Brasil, Mulher do Ano pelo Prêmio Geração Glamour 2019, selecionada entre os Influenciadores Sociais Contra o Racismo 2018.

Consciência Negra: um olhar para a moda inclusiva

O movimento de mudança na indústria da moda é mundial e encontramos ótimos exemplos espalhados pelos quatro continentes. Em maio de 2021, o Grupo Prada anunciou iniciativas para aprofundar seu compromisso com a diversidade, equidade e inclusão. Isso inclui ações como uma bolsa integral no FIT (Fashion Institute of Technology) em Nova York para um estudante americano e para uma aluna de Gana de alto potencial.

O varejista de luxo norte-americano Nordstrom incluiu novas marcas com representatividade no seu mix, e doou parte de seus lucros para a associação Kind (Kids in Need of Defense).

No Brasil, o Sankofa, uma coautoria do movimento Pretos na Moda e da startup de inovação social VAMO (Vetro Afro Indígena na Moda), tem como objetivo promover a inclusão e dar visibilidade, apoio e suporte aos empreendedores racializados na moda brasileira. Leia mais…

Diálogos

Como a sua marca dialoga com os diferentes públicos? Como ela os identifica e se aproxima de suas características culturais e comportamentais?

Uma iniciativa do Google para ampliar o debate de inclusão e equidade apresentou números que comprovam: “50% das pessoas LGBTQIA+ se dizem dispostas a priorizar uma marca que apoie a causa, enquanto 69% dos consumidores negros são mais propensos a comprar de uma marca cuja publicidade reflete positivamente sua raça/etnia.”

“Um primeiro passo para a igualdade racial? ‘Melhorar fundamentalmente a qualidade do trabalho.’”

JP Julien co-lidera o ‘Institute for Black Economic Mobility’ da McKinsey & Company, e liderou a pesquisa para ‘O estado econômico da América Negra’: o que é e o que poderia ser.

Para esse relatório, JP Julien e uma equipe de pesquisadores e especialistas do McKinsey Institute for Black Economic Mobility e do McKinsey Global Institute (MGI) promoveram análises extensivas para compreender e quantificar os papéis que os negros americanos desempenham na economia – como trabalhadores, negócios proprietários, consumidores, poupadores, investidores e residentes.

Para alguns líderes negros, a mudança mais inspiradora acontece quando os conselhos e equipes de liderança pensam na igualdade racial como o núcleo de seus negócios, não apenas como parte dos programas de responsabilidade social corporativa.

De acordo com a pesquisa, os consumidores negros pagarão até 20% a mais por produtos feitos sob medida. E quando combinado com a paridade de renda total, resulta em uma oportunidade de cerca de US $ 700 bilhões em valor potencial.

Visibilidade, Voz e Incentivo na Moda

CaSandra Diggs, presidente do Conselho de Designers de Moda da América (CFDA), compartilhou suas opiniões, em uma entrevista para a McKinsey, sobre como a indústria da moda pode promover mais visibilidade, voz e incentivo para diversos talentos.

Como presidente do CFDA, Diggs desenvolve estratégias para apresentar o propósito do Conselho de defender e educar seus membros e a indústria da moda em geral.

Em fevereiro de 2021, o CFDA, em parceria com PVH Corp., apresentou pesquisas e análises da McKinsey, no relatório State of Diversity, Equity & Inclusion in Fashion, para desenvolver uma estrutura de progresso em direção a locais de trabalho equitativos na indústria da moda nos EUA.

“Uma das coisas que estamos tentando fazer de maneira diferente é ampliar o alcance e permitir a entrada de mais vozes que não são as vozes típicas da moda”; “Eu adoraria ver mais pessoas e mais ideias na indústria. O aço afia o aço: se você é criativo e eu sou criativo, podemos trocar ideias e elevar uns aos outros. O nível de inovação e criatividade dispararia”, afirma CaSandra Diggs.

O relatório para as empresas de moda recomenda iniciativas para promover a diversidade, a igualdade e a inclusão. O primeiro passo é alinhar as estruturas e políticas internas, em seguida, ativar grupos externamente – grupos Black Lives Matter, instituições educacionais ou instituições governamentais.

“Quando as pessoas pensam em equidade, elas acham que é um jogo de soma zero: se eu preciso ajudar você, isso significa que tenho que parar de ajudar outra pessoa. Ou alguém perde porque outra pessoa vence. Eu não vejo a equidade assim. Eu vejo a equidade como um nível de conquista. A maioria das pessoas se concentra na diversidade e inclusão, mas mesmo quando você tem visibilidade e voz, você tem controle sobre os processos de tomada de decisão? Isso para mim é o que é equidade: é ter poder de decisão”, CaSandra Diggs.

“‘A indústria da moda deve ser tão diversa quanto seus consumidores’: uma perspectiva PVH”

Lance LaVergne, diretor de diversidade da PVH Corp., discutiu como as empresas de moda podem atrair jovens e ajudar designers emergentes – e o que será necessário para romper o status quo.

Ele percebeu uma mudança substancial na forma como algumas empresas abordam a aquisição e retenção de talentos por meio de sua diversidade e funções de recrutamento.

Diversidade como um imperativo de negócios

Ainda segundo a consultoria McKinsey, as empresas deixaram de se concentrar exclusivamente na diversidade para se concentrar também na inclusão – garantindo que as pessoas estejam envolvidas e engajadas, apesar de quaisquer diferenças de origens – e, mais recentemente, em pertencimento e equidade, que LaVergne considera ser a evolução mais interessante. 

Em agosto de 2020, LaVergne ingressou na PVH Corp. para liderar a aquisição de talentos globais na função recém-expandida da empresa de diretor de diversidade.

“No primeiro dia do Mês da História Negra deste ano – 1º de fevereiro de 2021 – PVH Corp., em parceria com o Conselho de Designers de Moda da América (CFDA), lançou o relatório Estado de Diversidade, Equidade e Inclusão na Moda, que se baseia em Pesquisa e análise da McKinsey”, McKinsey.

“[O relatório] é excelente porque não apenas analisa os problemas, mas também identifica ações específicas que as pessoas e organizações podem realizar”, Lance LaVergne.

Diversidade como uma busca global

“Estamos em um dos momentos mais interessantes que vimos em uma geração, e é em momentos como este, momentos de dificuldade e retração, quando você percebe a importância do trabalho de diversidade e inclusão. Quando a economia ou a oportunidade estabelecem contratos, é quando as pessoas e as empresas tomam decisões difíceis e, às vezes, essas decisões podem reverter para velhos comportamentos e meios antigos. É quando é especialmente importante inclinar-se a partir de uma perspectiva de DE&I, para garantir que as decisões de negócios sejam baseadas em medidas objetivas, de modo que o progresso que você fez na criação de maior diversidade, equidade e inclusão sobreviva a esses períodos exógenos de ruptura”, McKinsey.

#consciêncianegra #equidade #diversidade #inclusão #sankofa #projetosankofa

A iniciativa elegeu 8 marcas racializadas para o calendário oficial do São Paulo Fashion Week

O Sankofa, é uma coautoria do movimento Pretos na Moda e da startup de inovação social VAMO (Vetro Afro Indígena na Moda), que apoia empreendedores racializados na moda brasileira.

Idealizadores

Pretos na Moda é uma plataforma de comunicação que promove pautas e discussões sobre consciência racial e inclusão de profissionais racializados do mercado de moda brasileiro.

VAMO (Vetor Afro-Indígena na Moda) é uma startup de inovação social de profissionais inter-raciais que desenvolve um processo reparatório na moda nacional para pretos e indígenas.

O projeto

A iniciativa pretende promover a inclusão na moda brasileira e dar visibilidade, apoio e suporte aos empreendedores racializados em três edições do SPFW.

O projeto Sankofa apresentou 8 marcas emergentes fora do circuito de passarela atual no São Paulo Fashion Week N51.

As marcas recebem acompanhamento para ingressar de forma estruturada no mercado e no line up oficial do evento. O processo apresenta apoio profissional de uma equipe (psicólogos, advogados, contadores) e de 8 marcas madrinhas – empresas de destaque no line up do São Paulo Fashion Week.

8 novas marcas selecionadas e suas respectivas madrinhas

Ateliê Mão de Mãe (Gustavo Silvestre, Projeto Ponto Firme)
Az Marias (Isaac Silva)
Meninos Rei (João Pimenta)
Mile Lab (Juliana Jabour)
Naya Violeta (Apartamento 03)
Santa Resistência (Angela Brito)
Silvério (Vitorino Campos)
Ta Studios (Patricia Viera)

Na primeira edição (junho 2021), as marcas apresentaram um fashion film e um ensaio fotográfico do processo de criação, de forma totalmente digital na plataforma do SPFW e canais digitais do evento.

“É mais uma escola do que um palco para exposição”, afirma Natasha Soares, cofundadora do coletivo Pretos na Moda, para a Vogue Brasil.

Parceiro Sankofa

“Como aproximar o Brasil do design, da inovação, da tecnologia, com o Brasil da vocação, do talento, da diversidade? Os esforços do IN-MOD são voltados a provocar essa discussão e a desenvolver ações que proponham caminhos como resposta”, afirma Graça Cabral, membro do Conselho do IN-MOD.

O IN-MOD, Instituto Nacional de Moda e Design, criado em 2004, é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, que tem como missão e visão trabalhar, nos mercados interno e externo, pelo reconhecimento e visibilidade da moda e do design brasileiros como segmentos de valor agregado.

Diversidade na moda: vozes da indústria pelo mundo

“As passarelas do nosso País precisam ser um reflexo do que se vê em nossas calçadas. É muito importante que cores, corpos e etnias diferentes sejam vistas em um espaço que discute a beleza e a elegância”, Emicida.

A McKinsey & Company apresentou histórias de estudantes de moda, designers emergentes e líderes da indústria sobre suas experiências na moda dos EUA – e suas ideias para a criação de locais de trabalho mais inclusivos – para o relatório State of Diversity, Equity & Inclusion in Fashion, de fevereiro de 2021 da PVH Corp. e do Council of Fashion Designers of America (CFDA). E pesquisou mais de 1.000 funcionários em 41 empresas, conduziu 20 entrevistas com partes interessadas e três grupos de foco com alunos e designers emergentes.

A empresa também entrevistou duas das principais partes interessadas do relatório: CaSandra Diggs, presidente do CFDA, e Lance LaVergne, diretor de diversidade da PVH. Eles compartilharam suas percepções sobre áreas de oportunidade – incluindo conscientização, acesso e pertencimento – e ações que organizações e indivíduos podem realizar para criar uma indústria da moda mais diversificada.

“A moda é uma indústria vibrante e estimulante que emprega mais de um milhão de pessoas nos Estados Unidos e atrai muitos designers e profissionais aspirantes. Mas certos grupos de indivíduos talentosos – em particular, negros – lutam para entrar no setor, e aqueles que conseguem entrar nem sempre se sentem bem-vindos. Uma sub-representação substancial de diversos talentos começa em escolas de moda e estágios e continua em todos os níveis até os mais altos escalões de influência e liderança”, McKinsey & Company.

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A feira de moda Riviera Paris promoveu as marcas Lenny Niemeyer, Rio de Sol e Serpentina nos dias 3 a 6 de setembro

Riviera, feira de moda praia e moda resort, apresentou, nos dias 3 a 6 de setembro, no Porte de Versailles, as novas coleções de marcas de moda, acessórios, beleza e lifestyle para compradores de todo o mundo.

O evento presencial, na cidade de Paris, recebeu as marcas dos projetos de internacionalização Fashion Label Brasil, da Abest, e Texbrasil, da ABIT, em parceria com a Apex-Brasil: Lenny Niemeyer (Abest), Rio de Sol e Serpentina (Abit).

“Estou muito satisfeita para uma feira pós começo de pandemia”, Simone Nunes, Serpentina.

Moda, Beleza, Lifestyle, Negócios, Network, Tendências

As marcas brasileiras promoveram negócios no valor total de USD 335.000,00 entre as vendas no evento, e a expectativa para os próximos 12 meses é USD 355.000,00.

“Tivemos uma boa locação. Não foi tão bom como 2019, mas está voltando, a próxima edição deveria voltar a ter os mesmos números”, Guatteri Gian Marco, Rio de Sol.

Sobre a ABEST

Criada em 2003, a Associação Brasileira de Estilistas tem como objetivo fortalecer e promover o design e a moda brasileira. Sua principal proposta é auxiliar o desenvolvimento de marcas brasileiras de alcance internacional e garantir a autenticidade e criatividade de cada uma delas, além de divulgar o estilo de vida do Brasil, contribuindo assim para o crescimento de todos os segmentos vinculados à moda. Atualmente a ABEST, que não tem fins lucrativos, conta com 120 marcas de todo o Brasil que exportam produtos para 57 países. Além disso, executa constantemente ações estratégicas para ampliar a penetração em novos mercados do globo e estreitar relações com os já conquistados.

Sobre o Fashion Label Brasil

O Fashion Label Brasil, Programa de Internacionalização da Moda Brasileira de Valor Agregado, foi criado em 2003 pela ABEST em parceria com a Apex-Brasil, cuja proposta é posicionar a imagem da moda brasileira no exterior, valorizando a imagem de um Brasil inovador e contemporâneo. O programa conta com atividades estratégicas — Projeto Comprador e Imagem, Feiras e Desfiles Internacionais, Projeto Showroom, além de ações especiais —, para ampliar a penetração em novos mercados do globo e estreitar relações com os já conquistados.

Sobre a ABIT

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), fundada em 1957*, é uma das mais importantes entidades dentre os setores econômicos do País. Ela representa a força produtiva de 25,5 mil empresas instaladas por todo o território nacional, empresas de todos os portes que empregam mais de 1,5 milhão de trabalhadores e geram, juntas, um faturamento anual de R$185,7 bilhões. *dados de 2019.

Sobre a Apex-Brasil

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. A Agência realiza ações diversificadas de promoção comercial, que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira, entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil. A Apex-Brasil coordena os esforços de atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país.

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“Fashinnovation ultrapassa fronteiras e amplia tópicos, incluindo objetivos de desenvolvimento sustentável, impacto social, diversidade e inclusão, empreendedorismo, conectividade e novas tecnologias, todos vistos através das lentes da inovação.”

A jornalista e head de conteúdo da plataforma Fashinnovation, Júlia Vilaça, apresenta o artigo “Mercado de segunda mão: futuro da indústria da moda ou tendência passageira?”

Mercado de segunda mão: futuro da indústria da moda ou tendência passageira?

O mercado de segunda mão tem crescido de forma evidente nos últimos anos. A prática de comprar peças já usadas tem se mostrado uma tendência não somente no Brasil, mas no mundo.

Entretanto, será que isso é uma tendência que veio para ficar ou será que em breve vamos ver, novamente, o esvaziamento das lojas de peças de segunda mão?

Para entender melhor esse fenômeno e sua crescente, é importante analisar os dados tangíveis e como o mercado vem se comportando frente a essa nova realidade.

Peças de Segunda Mão: o aquecimento de uma economia circular

De forma simplificada, a prática de vender e comprar peças que uma pessoa não mais utiliza e possibilitar com que outras ressignifiquem aqueles ítens contribui para o fomento de uma economia circular na sociedade.

Este conceito surgiu em 1989 em um artigo dos economistas e ambientalistas britânicos David W. Pearce e R. Kerry Turner. Na época, eles discutiram como a economia tradicional não levava a reciclagem em conta. Sendo assim, o meio ambiente acabava ficando em segundo plano sendo tratado exclusivamente como fonte de matérias primas e, posteriormente, como um simples reservatório de resíduos, ou seja, de depósito de lixo.

Portanto, em oposição à economia tradicional e linear, cujo lema era “extrair, produzir e descartar”, surgiu o conceito de economia circular, inspirado na lógica cíclica da natureza.

Por mais que o conceito de economia circular seja relativamente novo, o resale, ou em bom português, a venda de peças de segunda mão, não é uma prática nova. Muito pelo contrário. Esse tipo de atividade existe desde antes mesmo da invenção da moeda.

Nos famosos escambos, as pessoas trocavam produtos alimentícios e de necessidade básica entre si. Entretanto, as trocas não se limitavam por aí. Desfazer de uma peça ou material que não era mais necessário também era algo comum e bastante praticado. Afinal, por que manter uma peça parada se ela pode estar sendo utilizada nas mãos de outra pessoa? E, mais ainda, por que não ganhar um dinheiro com uma peça que está parada no armário?

O Forte Retorno do Mercado de Segunda Mão

A prática que já foi muito forte nos anos 1980 e 1990 voltou com tudo.

Em outubro do ano passado, a Vogue Brasil publicou uma notícia discutindo o aumento nas vendas das peças de segunda mão durante a pandemia. Segundo a reportagem, por mais que a economia circular já fosse uma realidade em ascensão antes de 2020, o período pandêmico fez com que essa prática se consolidasse. Hoje, quase um ano após a publicação da matéria, as estimativas têm se mostrado vigorosas.

Como afirma Jordana Guimarães, co-fundadora da Fashinnovation – plataforma global de moda e inovação –, “o resale é com certeza uma tendência que está aqui não só pra ficar, mas também que vai continuar a crescer. Isso é um jeito de ser mais sustentável sem ter que tocar em muitos aspectos da cadeia de produção”.

De acordo com o 2021 Resale Report, da ThredUp, há a estimativa de que o mercado alcance a marca dos US $64 bilhões nos próximos cinco anos – um crescimento de 500%.

A Geração Z é o grupo que mais vem praticando a compra e venda de produtos de segunda mão. E, se nos próximos anos cada vez mais jovens vão alcançar liberdade econômica e poder de aquisição, essa tendência se mostra realmente promissora.

A aliança entre Resale e Sustentabilidade

A compra e venda de peças de segunda mão se dá por uma série de motivos. A paixão por peças vintage e os preços mais baratos com certeza são fortes atrativos. Entretanto, há um ponto de suma importância e que precisa ser mencionado: a sustentabilidade por trás da prática.

A indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo. Ela é responsável por 8% da emissão de gás carbônico na atmosfera, ficando atrás apenas do setor petrolífero. O poliéster, uma das fibras mais utilizadas no mercado, é responsável pela emissão anual de 32 das 57 milhões de toneladas globais. E os dados não param por aí.

A quantidade de descarte gerado pelo setor é assustadora. O lixo têxtil contribui fortemente para a poluição dos rios, mares e pela superlotação dos aterros sanitários – que, por sua vez, acaba incinerando grande parte do material descartado, gerando, assim, mais poluição.

Na compra de uma peça de segunda mão há, na verdade, a ressignificação de peças e a possibilidade de circulação de produtos que, agora, podem ser mais aproveitados. Ou seja, nessa relação, não há a criação de novos produtos, ou seja, diminuição da emissão de gás carbônico e, obviamente, da criação de resíduos. Afinal, isso evita com que essas peças sejam descartadas.

É claro que a questão do resale é muito mais complexa. Precisa-se de peças de qualidade para fazer com que a compra e venda sejam viabilizadas. Entretanto, a preocupação com a eco-responsabilidade atua também nessa área uma vez que uma parte cada vez maior dos consumidores estão se mostrando comprometidos com a qualidade das peças e transparência das marcas.

A Tecnologia no Mercado de Segunda Mão

A variedade de aplicativos e sites que vendem peças de segunda mão hoje é vasta. É possível encontrar roupas, mas também acessórios e até peças decorativas em lojas digitais que reúnem diversas marcas em um único lugar. Em outras palavras, estamos falando de um marketplace de resale.

Entretanto, estão enganados aqueles que pensam que o mercado de segunda mão é movimentado exclusivamente pelos brechós. Hoje, existem muitas plataformas e ferramentas que permitem com que as próprias marcas revendam suas peças.

De grifes de luxo à etiquetas com preços mais acessíveis, aos poucos, os consumidores estão encontrando no próprio site dessas marcas um setor de peças já utilizadas. Aqueles que querem desapegar de um produto, podem entregá-lo à marca e ganhar desconto na próxima compra. Enquanto que os fiéis compradores de resale têm a possibilidade de adquirir os itens diretamente no site da marca.

Seja indo em um dos icônicos brechós paulistas ou fazendo compras em sites e aplicativos, o mercado de segunda mão tem se mostrado vigoroso e com cada vez mais adeptos. A junção da conscientização dos consumidores com a necessidade de mudança nas formas de produção e consumo atuais são grandes aliadas no fomento do resale. Portanto, seja na compra de uma Louis Vuitton dos anos 2000 ou de uma calça jeans vintage encontrada por R$ 25, esse mercado tem unido práticas eco-conscientes com preços mais acessíveis e provado que sua ascensão e sucesso vieram com força para ficar.

Por Júlia Vilaça, Jornalista e Head de Conteúdo da Fashinnovation

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Desde antes da pandemia, estudos de tendência e futurismo apontam para uma mudança de paradigma, e o futuro da moda não fica fora disso.

A maneira como vivemos e consumimos está em cheque: conhecer e entender processos de trabalho sustentáveis amplia nosso olhar criativo e mostra que é possível transformar por meio de ações concretas, utilizando ferramentas e processos de desenvolvimento de produtos e serviços que respeitem o meio ambiente.

Uma pesquisa da McKinsey & Company reafirma que marcas sustentáveis e os modelos de negócios circulares são o futuro da moda.

“A indústria da moda emite aproximadamente a mesma quantidade de gases de efeito estufa por ano que todas as economias da França, Alemanha e Reino Unido juntas. Em 2030, precisará cortar suas emissões pela metade – ou então ultrapassará o caminho de 1,5 grau para mitigar as mudanças climáticas, estabelecido pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas e ratificado no acordo de Paris de 2015”, McKinsey & Company.

“A cadeia de valor da moda linear tradicional transita para um sistema circular”, Business of Fashion.

Vivemos uma transição, uma mudança e quebra de paradigmas. E agora? A pandemia potencializou ainda mais o que já estava em curso e criou novas demandas para os negócios de moda.

Criatividade e empatia são um imperativo, e as marcas brasileiras têm buscado novas maneiras de trabalhar e cuidar de seus colaboradores. A abordagem circular estimula a inovação e dá significado aos negócios, dando impulso para o desenvolvimento de novos materiais e processos.

O artigo “Uma indústria da moda mais circular exigirá um esforço coletivo”, publicado no The State of Fashion 2021, relatório da indústria de moda global, e co-publicado pelo BoF e McKinsey & Company, apresentou o comprometimento do consumidor e a circularidade como as chaves para um futuro mais sustentável.

“Marcas de luxo estão evoluindo, mais de 75% dos 50 principais players globais de luxo agora estão usando materiais ecológicos, enquanto 75% procuram reduzir embalagens, usar mais energia renovável e reduzir as emissões de carbono”, WGSN.

O que o consumidor quer?

O consumo e futuro conscientes expressam a responsabilidade social do consumidor. “Mais de três em cada cinco consumidores disseram que o impacto ambiental é um fator importante na tomada de decisões de compra”, McKinsey.

E uma maneira promissora para a moda reduzir seu impacto ambiental é ampliar os modelos de negócios circulares, estratégias para reduzir o desperdício e o uso mais eficiente dos recursos. “Quando se trata de proteger o meio ambiente, a indústria da moda sabe que ‘menos é mais’”, quanto menos impacto no planeta, mais benefícios serão gerados para os negócios, as pessoas e o ambiente.

“Apesar dos esforços de alguns participantes, até 12 por cento das fibras ainda são descartadas no chão de fábrica, 25 por cento das roupas permanecem não vendidas e menos de 1 por cento dos produtos são reciclados em novas roupas. Dadas essas métricas, a ação é um imperativo e uma inevitabilidade. Na verdade, a circularidade pode se tornar o maior disruptivo para a indústria da moda na próxima década”, BoF.

A prioridade deve ser definir estratégias circulares, enfrentar os desafios de escalabilidade e tomar medidas para dimensionar soluções.

O desafio do dimensionamento da circularidade é o efeito multiplicador de valor no sistema circular radicalmente diferente do sistema linear. “Em essência, uma única peça de roupa pode criar valor repetidamente – por meio da venda e revenda, aluguel repetido ou sendo vendida, reparada, devolvida, reformada ou reciclada e revendida novamente para reiniciar o ciclo”, afirma a plataforma Business of Fashion.

O dimensionamento da circularidade promove estratégias lideradas por um elenco diversificado de atores e baseadas em três capacidades fundamentais: abraçar o design sustentável- a circularidade começa na prancheta, tecidos e materiais que os designers usam em suas criações, “projetar para o desperdício zero requer inovação de materiais e produtos”; logística reversa crescente – para otimizar a retenção de valor; e apoiar a adoção do cliente – “para consumidores mais jovens nascidos na economia compartilhada, a adoção da circularidade é um passo natural. No entanto, os consumidores mais velhos podem exigir educação e incentivo.”

Em entrevista ao jornal O GLOBO, Oskar Metsavaht, o multiartista, diretor criativo da Osklen, do estúdio OM.art e fundador do Instituto-E (que desenvolve e implementa projetos socioambientais há mais de 20 anos) analisa:

“O que falta é a compreensão do conceito de Desenvolvimento Sustentável Social e Ambiental. A gente esquece que a relação do ser humano com a natureza foi o que levou à evolução civilizatória, com suas conquistas e consequências. Podemos utilizar os recursos naturais para o desenvolvimento econômico, desde que deixemos tudo igual ou melhor do que encontramos para futuras gerações. Minha dica é pensar ASAP, As Sustainable As Possible e As Soon As Possible (em português, ‘o mais sustentável possível’ e ‘o quanto antes’). Ser 100% sustentável de uma hora para a outra não é viável”, Oskar Metsavaht.

Fica claro que a circularidade não é o tipo de revolução que pode ser liderada por alguns, enquanto outros esperam para ver. O esforço deve ser coletivo e colaborativo. E que venham as mudanças.

Ana Khouri e o Projeto Ovo

“‘A mudança não virá se esperarmos por outra pessoa ou em outro momento. Somos aqueles que esperávamos. Somos a mudança que precisamos buscar.’ Esta citação é de Barack Obama. Nós, do Projeto Ovo, adoramos esta citação, pois acreditamos ser da maior urgência nos tornarmos os criadores de nossas vidas e de uma nova realidade, ao invés de sermos vítimas dela.”

Em 2014, a associada Ana Khouri promoveu o Projeto Ovo, uma iniciativa sem fins lucrativos para arrecadar fundos para 80 ONGs brasileiras.

“O projeto OVO faz duas coisas ao mesmo tempo: dá uma nova vida às roupas e ajuda pessoas menos favorecidas por meio da doação de 100% do valor da venda.”

O projeto vende roupas e acessórios de segunda mão na plataforma online, e reverte 100% do valor para causas sociais e ambientais no Brasil.

“O ovo tem significado de renascimento e uma nova vida. Portanto, o nome do projeto. Olhamos para o todo como parte de nós mesmos. E assim, somos um.”

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“O projeto tem como foco a divulgação digital das marcas brasileiras no mercado internacional, além de fortalecer sua atuação e vendas por meio de um alcance comercial customizado.”

A Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), ABEST (Associação Brasileira dos Estilistas) e Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados) promoveram o Brasil Fashion Now para posicionar as marcas de moda brasileira no mercado internacional.

Originalidade, Designs exclusivos, Pluralidade, Culturas variadas

A plataforma internacional B2B BLANC Fashion apresenta uma landing page exclusiva do projeto, com mais de 16 mil compradores internacionais de 90 países cadastrados.

“Nos processos de internacionalização de marcas, um dos pontos essenciais é a continuidade. O terceiro ciclo do Brasil Fashion Now é uma conquista, o avanço é gradual e acontece a cada edição. Um comprador internacional adquire uma marca pela primeira vez para testar não somente o produto em seu mercado, mas também a credibilidade e capacidade de entrega das marcas. E ao longo das coleções é possível ver a construção dessas relações e concretização de parcerias”, Aurea Yamashita, gerente executiva do Fashion Label Brasil.

O Brasil Fashion Now explora o melhor do estilo, tendência e inovação da moda brasileira. E sua terceira edição (BFN3), outubro 2021 – março 2022, reúne 21 marcas brasileiras e 80 das principais marcas internacionais.

“O Brasil Fashion Now, além de estar na vanguarda das tendências digitais de promoção internacional, também apresenta a compradores europeus e norte-americanos a moda brasileira em toda a sua pluralidade e diversidade: de vestuário dos mais diversos segmentos, a acessórios e calçados, de empresas dos mais diversos portes. Certamente é uma oportunidade única para as marcas brasileiras obterem ganhos comerciais e de imagem internacional, além dos inúmeros aprendizados advindos pela experiência de estarem presentes em uma plataforma digital internacional”, Mariele Christ, gestora de projetos da Apex-Brasil.

Marcas participantes do BFN3

Belier Belier; Andreza Chagas, Akra, Augusta, Bia Moraes, Catarina Mina, DePedro, Inti Brand, La Sirène, KStockler, Lily Franco, Maneca, Osklen, Ostra Brasil, Room, Sy&Vie, Yukio, Meerk (Fashion Label Brasil); Matuschka Mia, Opananken, Tnin Shoes (Brazilian Footwear).

“O melhor das tendências e inovações do país. Conheça toda a originalidade da moda brasileira.”

Sobre a ABEST

Criada em 2003, a Associação Brasileira de Estilistas tem como objetivo fortalecer e promover o design e a moda brasileira. Sua principal proposta é auxiliar o desenvolvimento de marcas brasileiras de alcance internacional e garantir a autenticidade e criatividade de cada uma delas, além de divulgar o estilo de vida do Brasil, contribuindo assim para o crescimento de todos os segmentos vinculados à moda. Atualmente a ABEST, que não tem fins lucrativos, conta com 120 marcas de todo o Brasil que exportam produtos para 57 países. Além disso, executa constantemente ações estratégicas para ampliar a penetração em novos mercados do globo e estreitar relações com os já conquistados.

Sobre o Fashion Label Brasil

O Fashion Label Brasil, Programa de Internacionalização da Moda Brasileira de Valor Agregado, foi criado em 2003 pela ABEST em parceria com a Apex-Brasil, cuja proposta é posicionar a imagem da moda brasileira no exterior, valorizando a imagem de um Brasil inovador e contemporâneo. O programa conta com atividades estratégicas — Projeto Comprador e Imagem, Feiras e Desfiles Internacionais, Projeto Showroom, além de ações especiais —, para ampliar a penetração em novos mercados do globo e estreitar relações com os já conquistados.

Sobre a Abicalçados

Fundada em 1983, a Abicalçados representa a indústria nacional de calçados. Com associados que respondem por mais de 70% do total produzido no País, a entidade conta com projetos que visam o desenvolvimento e a promoção comercial e de imagem das indústrias calçadistas. Além disso, possui forte atuação na representação institucional, sendo a porta-voz oficial da atividade em âmbito nacional e internacional.

Sobre o Brazilian Footwear

Brazilian Footwear é um programa de incentivo às exportações desenvolvido pela Abicalçados em parceria com a Apex-Brasil. Este programa tem por objetivo aumentar as exportações de marcas brasileiras de calçados através de ações de desenvolvimento, promoção comercial e de imagem voltadas ao mercado internacional. Conheça: www.abicalcados.com.br/brazilianfootwear.

Sobre a Apex-Brasil

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Para alcançar os objetivos, a Apex-Brasil realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.

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“Moda como um instrumento de transformação social, proporcionando, às mulheres em privação de liberdade, a oportunidade de ressignificar a própria trajetória e resgatar sua autoestima.”

A marca de moda e negócio social Libertees desenvolvida no Sistema Prisional de Minas Gerais, apresentou a nova coleção no Brasil Eco Fashion Week em Milão, em setembro de 2021. 

A Libertees proporciona oficinas de capacitação e unidade de trabalho remunerado para mulheres privadas de liberdade no Sistema Prisional de Minas Gerais.

Impacto Libertees

  • 100% de mão-de-obra feminina e carcerária
  • 8 mulheres empregadas hoje na confecção dentro da unidade prisional
  • 1 funcionária ativa na área administrativa da Libertees que já concluiu sua pena
  • 4 mulheres encaminhadas para trabalho em fábricas após ganharem liberdade

Parte das vendas das roupas estampadas será reinvestida em compra de material e oficina de artes da penitenciária

As estampas exclusivas retratam os desenhos e pinturas de mulheres do Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto. “A Libertees traz o conceito de moda com impacto social, revelando o poder das mulheres e, ao mesmo tempo, o potencial de transformar vidas.”

E os materiais do processo expressam a responsabilidade ambiental da marca: tecidos ecológicos, algodão orgânico, garrafa pet e malhas biodegradáveis.

“Apostamos na mão de obra cem por cento carcerária e feminina como solução para um futuro mais justo e colaborativo. Propósito e responsabilidade social fazem parte da nossa essência.”

Segundo a plataforma O Tempo, essa parceria entre a Libertees e o Sistema Prisional de Minas Gerais já resultou em mais de 134 mil horas de profissionalização, quase R$1 milhão em remuneração e mais de 5.500 dias de remissão de pena.

“Uma história construída coletivamente. A Libertees é sobre liberdade, movimento e, principalmente, sobre acreditar.”

Libertees pelo Brasil Eco Fashion Week

A marca apresentou a nova coleção “O Café e suas Flores” no Brasil Eco Fashion Week, dia 25 de setembro, na Milano Fashion Week.

A coleção resgata a memória afetiva mineira, e a flor do café assume o protagonismo como representação do feminino.

“Nela [coleção] evocamos os saberes ancestrais, a força coletiva do trabalho, e, principalmente, à libertação por meio do labor.”

E, em parceria com as diretoras criativas da Libertees, Daniela Queiroga e Marcella Mafra, Gissa Bicalho Brand, marca associada ao Fashion Label Brasil, assinou os acessórios do desfile, a estilista Ana Sudano desenvolveu modelos atemporais, e a sapateira Virginia Barros criou uma linha exclusiva de calçados upcycling para o evento.

“Construímos uma rede de parceiros engajados com a sustentabilidade social e ambiental, desde fornecedores e colaboradores, até os clientes. Nosso objetivo é construir um futuro mais justo para todos.”

Assista o desfile Brasil Eco Fashion Week no link: youtu.be/LZ9B7XGz0b

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