Diante do dinamismo das economias e a enorme concorrência global, adotar políticas e medidas que incrementem a competitividade no mercado externo é extremamente relevante para a estratégia econômica de um País. Nota-se que governos de todo o mundo têm encontrado em suas agências de fomento, um instrumento imprescindível para se manter no mercado internacional, assim como para possibilitar a ampliação de sua representatividade frente à acirrada disputa por mercados.

Nesse contexto, essas organizações demonstram ser fundamentais para a atração de investidores estrangeiros e para a internacionalização das empresas, além da construção de uma imagem positiva de seu país. Para o Brasil não tem sido diferente. Nos últimos 20 anos, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) tornou-se protagonista no acesso a mercados e na internacionalização de empresas brasileiras. Antes da sua constituição, as iniciativas de promoção às exportações do Brasil eram fragmentadas e descoordenadas. Hoje, a instituição está consolidada, e com os esforços conjuntos das entidades setoriais, tem apoiado os empresários nacionais de todos os portes, especialmente os de pequeno e médio.

Sua missão é promover as exportações, a internacionalização das empresas brasileiras e os investimentos estrangeiros diretos, em apoio às políticas e estratégias públicas nacionais, a fim de contribuir para o crescimento sustentável da economia brasileira. Entre os anos 2015 e 2019, a Apex-Brasil firmou parcerias com mais de 100 entidades setoriais, por meio de 240 convênios e apoiando mais de 30 mil empresas, colaborando com a exportação de U$$ 280 bilhões.

A execução dos projetos setoriais com as associações e organizações representativas dos setores de alimentos e bebidas, agronegócio, casa e construção, economia criativa, máquinas e equipamentos, moda, tecnologia e saúde tem resultado na realização de feiras internacionais, rodadas de negócios com compradores estrangeiros, ações para fortalecimento da imagem do país, estudos de inteligência de mercado, bem como inúmeras iniciativas para aumentar a competitividade das empresas brasileiras em mercados internacionais.

Não há dúvidas que o investimento e o trabalho conjunto entre os setores e uma Agência de Promoção de Exportação têm relevante contribuição para os resultados da balança comercial, por meio da diversificação da pauta e ampliação da base exportadora, agregação de valor, abertura, consolidação e/ou ampliação dos mercados.

As entidades setoriais signatárias deste manifesto ressaltam a importância da existência de uma agência de fomento e promoção de exportações, para que possamos dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos no processo de internacionalização da economia brasileira, assim como hoje acontece em outros 187 países que buscam sua expansão no mercado internacional.

Com os nossos melhores cumprimentos,

Newly opened on July 5th, the Bikini Art Museum is the world's first museum dedicated to the worldwide culture of bikini and is located in Bad-Rappenau, southern Germany.

At the Museum there are more than 400 bikinis on display dated from 1870 to the present day, including bikinis that were used by Marilyn Monroe, Scarlett Johansson, Eva Green, Esther Williams and Joan Collins. The museum also features 12 of the 16 original costumes by French designer Louis Réard, the bikini inventor, displayed in 1946 at the Piscine Molitor in Paris.

All of the pieces on display were selected from the 1,200 bathing suits collection by Ghislaine Rayer, the museum's curator, which includes pieces worn by Hollywood personalities, models and stars who wore them by the pool in the 1950s. The museum was co-founded by German businessman Alexander Ruscheinsky, alongside Rayer, who co-wrote a book on bikini culture, "Bikini, la Légende".

Among the designers exhibited at the Bikini Art Museum, there are pieces by Christian Dior, Coco Chanel and Pucci, in addition to Brazilian designers who have an exclusive room for Brazilian beachwear. In this space, videos from Rio de Janeiro and Búzios show the Brazilian beach lifestyle, bringing images of pieces from renowned brands, such as Lenny Niemeyer, Salinas, Triya, Bumbum Ipanema, Blueman, Rosa Chá and Adriana Degreas.

Reprodução MC Kinsey & Company
Por Antonio Achille e Daniel Zipser 

Em meio à pandemia de coronavírus, a primeira prioridade de toda empresa é, obviamente, proteger a saúde e a segurança de funcionários, consumidores e parceiros de negócios. De fato, as empresas de luxo se voltaram para atender às necessidades urgentes de saúde pública: fábricas que produziam lenços e perfumes agora fabricam máscaras faciais e álcool gel, e muitos grupos de luxo fizeram doações em dinheiro para hospitais e outras organizações sem fins lucrativos. Ao mesmo tempo, com milhões de pessoas dependendo da indústria de bens de luxo para se sustentar – de operários e funcionários de lojas de varejo a artesãos de pequenas cidades – os líderes da indústria estão se planejando com antecedência e debatendo-se com questões estratégicas de longo prazo para garantir a sobrevivência de seus negócios. 

Neste artigo, discutimos o impacto da crise no setor de bens de luxo. Em seguida, recomendamos dois conjuntos de prioridades para os executivos do setor: ações de curto prazo para “navegar o agora” e considerações de longo prazo para moldar o futuro.

Um reinicialização total ou um desvio inesperado e temporário de curto prazo?

Embora seja muito cedo para quantificar o custo financeiro total do COVID-19 no setor, a pandemia certamente abalou alguns dos aspectos fundamentais da indústria do luxo – e algumas dessas mudanças podem ser permanentes.

Darwinismo por atacado. Mesmo antes da pandemia, os atacadistas independentes de artigos de luxo na Europa (muitos dos quais são pequenas butiques de propriedade familiar) e algumas das grandes lojas de departamentos de luxo da América do Norte já estavam com dificuldades – em parte por causa das marcas de luxo que mudaram para a integração vertical nos últimos 20 anos e, mais recentemente, o crescimento do e-commerce. Essa pandemia pode forçar alguns deles a falir. O dano pode se estender para marcas que ainda não fizeram a transição completa para um modelo de distribuição verticalmente integrado, bem como para marcas novas que precisam de canais de atacado para alcançar novos clientes e financiar o desenvolvimento de suas coleções completamente. Para sobreviver, os atacadistas provavelmente adotarão políticas comerciais e de desconto agressivas – que, pelo menos a médio prazo, podem prejudicar o posicionamento de luxo de marcas que não possuem modelo de concessão. 

De viajante global a comprador local. O mercado de luxo seduz um consumidor global: de 20 a 30% das receitas do setor são geradas pelos consumidores que fazem compras de luxo fora de seus países de origem. Em 2018, os consumidores chineses fizeram mais de 150 milhões de viagens ao exterior; estimamos que as compras fora do continente representaram mais da metade dos gastos de luxo da China naquele ano. Os compradores asiáticos consomem produtos de luxo fora de seus países de origem não apenas para se beneficiar dos preços mais baixos na Europa, mas também porque as compras se tornaram parte integrante do experiência de viagem: comprar uma marca em seu país de origem traz um senso de autenticidade e entusiasmo. Com as recentes restrições de viagens, esse importante fator para os gastos de produtos de luxo foi interrompido e prevemos apenas um aumento gradual nas viagens internacionais, mesmo depois que as restrições acabarem. Dito isto, os consumidores chineses continuam sendo a maior oportunidade de crescimento para o setor de luxo. As marcas, claramente, precisarão de uma nova abordagem para atrair compradores de produtos de luxo. Para reativar os consumidores de luxo asiáticos em seus países de origem, as marcas podem se concentrar na criação de experiências locais personalizadas, no fortalecimento de suas ofertas digitais e de marketing omnichannel, e no engajamento mais profundo com os consumidores nas cidades de classificação Nível -2, Nível -3 (tier-two e tier-three)*. Este último tópico será desafiador, dadas as limitações da infraestrutura de varejo e dos recursos de atendimento ao cliente nessas cidades.

Shows sem audiências ao vivo. As semanas de moda e as feiras comerciais têm sido formas essenciais pelas quais as marcas mantêm um relacionamento próximo com os consumidores e parceiros comerciais. Embora esperemos algum retorno à normalidade nessa frente, também acreditamos que a indústria do luxo – em estreita colaboração com organizadores da semana de moda e associações comerciais – deve explorar maneiras alternativas de oferecer o mesmo tipo de mágica que esses eventos oferecem quando existem restrições em viagens internacionais e grandes encontros. Os players do setor também devem considerar a necessidade de uma reformulação coordenada do calendário de moda, com as marcas simplificando e agilizando seus calendários de apresentação.

Da propriedade à experiência, e vice-versa. O “luxo experimental” – pense em hotéis 5 estrelas, resorts, cruzeiros e restaurantes com muitas estrelas do Michelin – tem sido um dos componentes mais dinâmicos e de crescimento rápido do setor de luxo. A geração Millennials (nascidos entre 1980 e 1995) optou mais por experiências e “momentos instagramáveis” em vez de itens de luxo. Os Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964) também estavam seguindo a mesma direção, já tendo acumulado produtos de luxo ao longo dos anos. Embora esperemos que o momento positivo do luxo experimental persista, ele diminuirá a curto prazo, à medida que os consumidores voltarem temporariamente a comprar bens em vez de experiências.

Hiperpolarização no desempenho. Mesmo antes da crise, fazia pouco sentido falar sobre o setor em termos de médias, porque as taxas de crescimento e as margens de lucro estavam muito amplamente espalhadas. Mesmo no mesmo segmento e preço, o crescimento das marcas de luxo variam de 40%  a porcentagens negativas, e o lucro de 50%  a porcentagens de um dígito. Esperamos uma maior polarização com base em três fundamentos: a saúde do balanço comercial de uma marca antes da crise, a resiliência de seu modelo operacional (incluindo sua capacidade digital, a agilidade de sua cadeia de suprimentos e a dependência de canais atacadistas) e sua resposta ao COVID-19.

Outra chance para ‘gemas raras’. Na última década, conglomerados de luxo europeus, empresas de capital privado e, mais recentemente, grupos de moda dos EUA e investidores do Oriente Médio adotaram energeticamente metas de aquisição de marcas atraentes. Como resultado da crise atual, alguns desses compradores – principalmente aqueles que não são empresas de luxo – podem descobrir que não têm as competências essenciais nem a paciência para nutrir essas marcas de alto potencial e, portanto, podem querer colocá-las de volta no mercado. Aquisições que eram proibidamente caras podem se tornar viáveis no período pós-crise. Tais desenvolvimentos podem resultar em maior consolidação da indústria ou até a formação de novos conglomerados de luxo.

Repetidas vezes, a indústria do luxo se mostrou capaz de se reinventar. Estamos confiantes no potencial de longo prazo do setor. Mas algumas marcas emergirão da crise mais fortes, enquanto outras terão dificuldade em preservar a integridade de seus negócios. Tudo dependerá de sua capacidade de responder às urgências de curto prazo relacionadas ao COVID-19 enquanto simultaneamente planejam e executam novas estratégias para o futuro.

“Navegando o agora”: as prioridades imediatas

Muitos executivos de luxo demonstraram liderança atenciosa durante esta crise. Eles estão priorizando a segurança dos funcionários e clientes e se comunicando proativamente com todas as partes interessadas sobre seus novos protocolos de saúde e segurança, atividades de resposta à crise e as etapas que estão tomando para manter as operações em execução. Ao mesmo tempo, eles devem tomar medidas rápidas para garantir que seus negócios enfrentem a crise. Aqui estão as ações de curto prazo que os líderes da empresa devem considerar tomar.

Analise o estoque 2020 e repense as coleções 2021. As vendas para a primavera deste ano estão 70% inferiores às do ano passado – não surpreende, considerando que os consumidores tiveram pouca oportunidade de explorar as coleções de primavera e verão nas lojas. Decida como introduzir- por etapas- as coleções de outono e inverno de 2020 e desenvolva um plano para lidar com níveis sem precedentes de estoque não vendidos de 2020 – sem recorrer a descontos exorbitantes, que comprometem o valor da marca. Mantenha-se informado sobre os planos de atacadistas e varejistas de e-commerce para eliminar o estoque extra. Em alguns casos, as trocas de estoque podem ser preferíveis à promoções e descontos agressivos. Uma maneira de usar o estoque extra poderia ser recompensar os consumidores fiéis com presentes ou outros tipos de brindes para surpreendê-los e encantá-los, além de estimular o apetite de fazer compras das coleções ou das outras categorias.

Eleve o envolvimento digital. Como as lojas permanecem fechadas em muitas partes do mundo, o e-commerce é um canal crucial para manter as vendas em alta, se comunicar com os consumidores e criar um senso de comunidade em torno de uma marca. Acelere seus investimentos digitais e mude os gastos com mídia para canais on-line, com foco na ativação do cliente e não na construção da marca. Além de aprimorar seus próprios sites, considere também parcerias com revendedores de e-commerce de boa reputação. O marketing digital pode ajudar não apenas a aumentar as vendas on-line, mas também atrair os consumidores a visitar as lojas assim que reabrirem.

Gerencie a saúde financeira. Configure uma equipe de controle de caixa, com representação das equipes de compras e vendas, para examinar os gastos e identificar reduções responsáveis na saída de caixa. Revise os contratos de locação e todas as despesas operacionais, incluindo gastos com marketing e eventos. Ao mesmo tempo, prepare-se para apoiar seletivamente atacadistas e lojas de departamento, estendendo os termos de contas a receber e organizando trocas de estoque. Trabalhe em estreita colaboração com as autoridades do governo, de país a país, para encontrar maneiras de aliviar a tensão de caixa com medidas públicas.

Faça o planejamento da demanda- do zero. Revise seu orçamento e planos de inventário para 2020, avaliando o impacto do COVID-19 em cada região e unidade de negócios. Ajuste as previsões de receita e lucro e crie incentivos para os líderes das unidades de negócios definirem novas metas. Resista à tentação de impulsionar as vendas à custa das margens, pois uma abordagem focada nas vendas provavelmente produzirá projeções de demanda imprecisas e, consequentemente, grandes quantidades de estoque não vendido.

Avalie a força da sua cadeia de suprimentos. Mais de 40% da produção global de bens de luxo acontece na Itália – e todas as fábricas italianas, incluindo pequenas façonniers familiares (um termo francês que se traduz vagamente em fabricantes contratados, oficinas), foram temporariamente fechadas. As empresas de luxo devem avaliar, categoria por categoria e produto por produto, onde é provável que o impacto seja sentido de maneira mais aguda. As possíveis ações de curto prazo incluem a movimentação de inventário por regiões e canais, privilegiando os mercados geográficos menos afetados e certificando-se de atender aos pedidos on-line. A médio prazo, as empresas de luxo devem ajudar os parceiros de produção a se recuperar, efetuando pagamentos rápidos e restaurando a produção o mais rápido possível. Se as façonniers italianas não sobreviverem, um elemento característico do ecossistema de luxo – o artesanato resultante da excelência e habilidade transmitidas por gerações e a fonte da aura “Made in Italy” – podem ser perdidos para sempre.

Ajuste os planos de merchandising. À medida que as rotinas sociais dos consumidores se adaptam a lockdowns e restrições de distanciamento físico, começamos a ver mudanças no comportamento de compra. Por exemplo, alguns players de luxo relatam que, em termos de preço, itens de luxo high-end e low-end (os mais caros e os mais baratos) estão se mostrando mais resistentes do que aqueles no meio da faixa, talvez devido a uma combinação de “revenge spending” (uma frase que se refere à demanda reprimida por itens de luxo durante ou após crises) e ao desejo de maximizar o valor do dinheiro comprando itens funcionais. Eles também estão vendo bolsas e pequenos artigos de couro vendendo melhor do que o ready-to-wear durante a crise. O mercado de roupas infantis parece estar indo particularmente bem. Millennials não reduziram seus gastos tanto quanto os outros segmentos adultos. Estas são as observações de alguns players de luxo, mas claramente não existe um plano de merchandising único. As marcas devem analisar cuidadosamente os dados de vendas e incorporar as percepções dos consumidores em seus planos de merchandising.

Moldar o próximo normal: considerações de longo prazo

A estabilização dos negócios durante a crise é crucial – mas a administração não deve perder de vista o longo prazo. Aqui estão as ações estratégicas a serem consideradas durante a recuperação.

Coloque o digital no centro do seu modelo operacional. Para muitas empresas, essa crise tem sido um catalisador para o desenvolvimento e a execução de uma estratégia on-line e omnichannel. Na China, o comércio eletrônico atraiu novos segmentos e mercados de clientes; podemos esperar um padrão semelhante em outros lugares. Comece alocando uma parcela maior de investimento no canal online. Explore novas formas de parceria com varejistas de e-commerce estabelecidos. Intensifique seus esforços de personalização em marketing digital. Os consumidores de luxo estão acostumados a um alto padrão de serviço nas lojas; a ênfase, portanto, deve ser a criação de uma experiência digital personalizada da mesma qualidade.

Crie habilidades relacionadas à resiliência e transformação. Nos últimos 30 anos, o setor de luxo criou valor agregado, graças à sua criatividade e inovação. Além de apoiar as habilidades essenciais, como design, marketing e merchandising, as empresas de luxo agora precisam desenvolver o talento gerencial para apoiar o CEO em resiliência e transformação. Uma possibilidade é criar um novo cargo de diretoria, o diretor de transformação, para enfatizar a importância dessas competências.

Reformule com ousadia o ecossistema, inclusive por meio de M&A (mergers and acquisitions- fusões e aquisições). As crises podem criar novos caminhos para o crescimento. As empresas devem se questionar com algumas perguntas: “Existem empresas com as quais poderíamos fazer parceria, tanto para mantê-las nos negócios quanto para nos permitir expandir para mercados ou categorias de produtos adjacentes? Existem mudanças ao longo da cadeia de valor (como a integração vertical) que se tornaram mais atraentes? Que parcerias ou aquisições que eram menos viáveis antes – talvez na área tecnológica – poderíamos buscar agora? Quais marcas podemos adquirir para complementar nosso portfólio ou iniciar nossa jornada para nos tornarmos um grupo de luxo maior? ” À medida que as empresas buscam formar parcerias ou fazer aquisições, será importante considerar não apenas as razões econômicas, mas também as sociais: por exemplo, um acordo de M&A poderia ajudar um fornecedor em perigo, salvar empregos em uma comunidade em dificuldades ou fortalecer o setor do luxo a longo prazo?

Antecipe mudanças nos sentimentos e no comportamento do consumidor. Os consumidores são os principais acionistas do setor de luxo. Esperamos que, uma vez que as condições permitam, os consumidores desejem retomar suas vidas normais. No entanto, o próximo normal pode parecer bem diferente; as empresas de luxo devem tentar antecipar e responder a qualquer que seja o próximo normal. Por exemplo, em nossas recentes conversas com CEOs, uma tendência que provavelmente se intensificará após a crise é a tendência à sustentabilidade e o desejo de um consumo mais responsável – reforçando a necessidade das empresas fornecerem informações claras e detalhadas sobre seus processos e produtos. A experiência também sugere que, após uma crise de larga escala com um forte impacto emocional, as preferências do consumidor podem mudar, pelo menos por um período de tempo, em direção ao “luxo silencioso” – prestando mais atenção aos elementos clássicos, como artesanato e legado, e menos em fama e brilho.

Digitalize a cadeia de suprimentos de ponta a ponta. A tecnologia – de plataformas de trabalho remoto a showrooms virtuais – pode ajudar empresas de luxo a manter a produtividade durante a crise e, talvez, até melhorar a produtividade para sempre. Além disso, os elementos comerciais (como showrooms virtuais e prototipagem e amostragem digitais) serão valiosos para manter fortes relacionamentos com os compradores, mesmo durante os períodos em que as restrições de viagem estejam em vigor. A digitalização da cadeia de suprimentos de ponta a ponta exigirá, é claro, investimento em tecnologias inovadoras e de ponta.

Embora a pandemia do COVID-19 tenha sido um desafio para 2020, estamos confiantes de que, com um planejamento cuidadoso e execução hábil, o setor de bens de luxo pode enfrentar com sucesso a crise e emergir ainda mais forte. As ações descritas aqui podem ajudar você e os outros líderes de sua organização a enfrentar os desafios de hoje, enquanto constroem e fortalecem seus negócios a longo prazo.

(*): O sistema de importância de cidades chinesas é uma classificação hierárquica delas. Não existem listas oficiais na China, pois o governo chinês não publica ou reconhece uma definição oficial ou uma lista de cidades incluídas no sistema de níveis.

A classificação de cidades da China -Nível -1, novo Nível -1, Nível -2, Nível -3 ( tier-1, new tier-1, tier-2, tier-3) é popularmente usada pelas empresas para orientar sua estratégia de entrada no mercado. Tradicionalmente, as cidades de Nível 1 são as maiores e mais ricas – geralmente consideradas as megalópoles da China. À medida que os níveis progridem, as cidades diminuem de tamanho, riqueza e se afastam dos locais principais.

Por Kristen Shirley

Forbes.com 

A designer de joias brasileira Silvia Furmanovich é conhecida por suas peças espetaculares que apresentam materiais naturais inesperados, como marchetaria de madeira, misturadas com metais preciosos e gemas coloridas, e sua paixão por dar vida às culturas através de suas peças. Essas coleções são todas artesanais e frequentemente apresentam técnicas incomuns para o mundo das joias, como a tecelagem. Seu último lançamento, Amazonia Bamboo, leva o usuário a uma viagem ao Japão, onde o bambu é usado em objetos úteis há séculos. 

O que inspirou a coleção Amazonia Bamboo? 

Desde o começo da minha trajetória, admiro objetos feitos à mão por artesãos. Vivemos uma época em que os avanços tecnológicos são extremamente populares e acredito firmemente na importância em apoiar formas únicas de artesanato. Materiais naturais incomuns também sempre me atraíram, assim como a possibilidade de elevar seus valores misturando-os com diamantes e pedras preciosas. Durante minhas viagens, encontrei a arte da tecelagem de bambu e descobri que o material agregava espetacularmente às joias. Durante minha pesquisa, fiquei muito inspirada pela arte que vemos nas cestas japonesas, tecidas com tiras finas de bambu em uma variedade de formas e cores. Eu estava olhando especificamente para o trabalho dos mestres Abe Motoshi, Morigami Jin, Shiotsuki Juran e Jiro Yonezawa.

Quando você descobriu a tecelagem de bambu? 

Fui apresentada à tecelagem de bambu na primeira vez que visitei o Japão, onde conheci os artesãos da cidade de Beppu, uma cidade de fontes termais localizada na ilha de Kyushu, no sul do Japão. A tecelagem de bambu é uma tradição que remonta gerações. Envolve um longo período de aprendizagem em oficinas nas quais o conhecimento é transmitido de pai para filho. O domínio dessas habilidades e técnicas pode levar décadas. 

O bambu é normalmente associado à Ásia, mas está se tornando mais importante em seu país de origem, o Brasil. Você pode falar sobre isso? 

Durante minha pesquisa para a coleção Amazonia Bamboo, descobri que o estado do Acre, na floresta amazônica – a região em que fabricamos nossas peças de marchetaria – possui uma das maiores plantações de bambu do mundo. Foi uma descoberta e sincronicidade muito surpreendentes que me trouxeram de volta ao meu país e mostraram que eu estava no caminho certo. Além disso, fizemos uma parceria com o Instituto Jatobás, fundado pela filantropa brasileira Betty Feffer, uma organização sem fins lucrativos comprometida em influenciar e expandir a vida e a consciência sustentáveis no país. O Instituto Jatobás dedicou mais de 88 hectares a plantações de bambu – um material com mais de 5.000 usos registrados – e é pioneiro no uso do material em empreendimentos sustentáveis em todo o país. Nossa empresa apoiará os artesãos da instituição para ensinar-lhes técnicas japonesas de tecelagem de amarração, e planejamos trazer artesãos do Japão para ensinar-lhes essa arte específica.

O bambu é considerado uma planta comum; como você está elevando-o ao nível de joias finas? 

Ao longo da minha carreira, usei muitos materiais tradicionalmente comuns, como flores de verdade envoltas em resina, madeira ou conchas. Acredito que, por mãos humanas, esses materiais humildes podem ser transmutados em objetos bonitos e valiosos. Em nenhum lugar isso é mais visível do que na arte do bambu, onde uma planta comum pode ser transformada em objetos de formas extraordinárias e inúmeros usos, através das habilidades dos artesãos. O tempo gasto em cada peça é o que sempre achei que confere valor a uma peça de joalheria.

Quais foram os aspectos mais difíceis de trabalhar com esse novo material? 

Quando eu estava em Beppu, visitei o Centro de Artesanato Tradicional da Cidade de Beppu, um museu que narra a evolução do artesanato na região e também oferece oficinas de tecelagem de bambu. O diretor do museu me indicou vários artistas locais que praticavam a arte da tecelagem do bambu, a maioria dos quais trabalha em casa. Entrei em contato e visitei cada um deles. Eu diria que um dos aspectos mais desafiadores da coleção foi a comunicação com os artesãos por causa das barreiras linguísticas. Eu tinha que ser muito específica sobre os tipos de peças que iria encomendar para que elas se adaptarem às joias. Por outro lado, eles têm muito orgulho de seu ofício e se sentiram muito felizes por alguém de fora reconhecer o valor do que fazem e, por isso, foram muito abertos a colaborar no projeto. 

Alguma de suas peças se inspira diretamente em objetos tradicionalmente criados em bambu? 

Sim, muitas peças da coleção são inspiradas no universo das cestas japonesas. Por exemplo, muitas cestas têm nós de vime incorporados a elas, e também usamos vime nas joias.

Você é conhecida pela marchetaria em madeira e a incorpora nessa coleção também. Como madeira e bambu se complementam e o que essas peças significam para você? 

Madeira e bambu são materiais não condutores de energia elétrica originários da terra. Eles são lindos por seu brilho e calor. Eles são resistentes e muito leves, tornando-o ideal para a criação de joias. Eu também acredito na mistura de diferentes formas de artesanato de todo o mundo, como marchetaria de bambu e madeira, criando novas combinações extraordinárias.

As joias de bambu durarão muito tempo ou o bambu se degradará com o tempo? 

O bambu tem uma vida muito longa. Você pode ver as obras dos principais artistas de bambu em museus de todo o mundo, como o Metropolitan Museum of Art, e essas peças existem há séculos! 

Quais gemas e metais você usou para complementar o bambu na coleção? Qual é o significado por trás de suas escolhas?

Usamos cores que combinavam com o bambu colorido, como citrino, granada, esmeralda, pedra da lua, jaspe, ametista e topázio. Sempre escolhemos gemas que combinam com a cor do bambu, sejam elas preciosas ou semipreciosas.

Você incluiu sete ensinamentos da arte do bambu ao lançar a coleção. Por que era importante compartilhá-las? Qual foi a coisa mais importante que você aprendeu ao estudar o bambu? Qual é o significado do bambu para você?

Encontrei os Sete Ensinamentos do Bambu em uma das fazendas de bambu que visitei no Brasil. Os ensinamentos foram elaborados por um padre, e eu pensei que eles simbolizavam as propriedades físicas e espirituais do material. O bambu cresce incrivelmente rápido e é muito sustentável, tornando-o particularmente relevante no mundo de hoje. À medida que emergimos de períodos de lockdown em todo o mundo, todos nós temos mais consciência do nosso lugar no mundo, de nossos recursos limitados e dos impactos de nossas escolhas. Eu acho que o bambu é perfeito para esse momento.

After the cancellation of fashion weeks and international trade shows due to the Covid-19 pandemic, event organizers bet on fully digital editions. This is the case of Cabana, the main beachwear segment trade show in the United States, which launches its special edition Cabana Virtual Marketplace in partnership with JOOR, an American digital platform that allows interaction between brands and large retail boutiques.

The event will take place from the 20th to the 22nd of July and Brazilian brands will be represented by brands such as Água de Coco, Catarina Mina, Haight, Lenny Niemeyer, SERPUI, Triya and Yukio with the support from Fashion Label Brasil, from Abest, and Adriana Degreas with support from TexBrasil, from Abit, both Brazilian fashion export programs in partnership with Apex-Brasil (Brazilian Agency for the Promotion of Exports and Investments).

These brands will continue to be featured on the JOOR platform for four weeks after the event is over. “Digital events were already discussed in the fashion market even before the pandemic. With Covid-19 happening, the fashion industry turned to technology to continue its business. Virtual platforms break geographical barriers, bring more innovation and new experiences, ensuing brands being closer to large retail chains ”, says Alberto Hiar, ABEST president.

Fashion Label Brasil is responsible for the attendance of Brazilian brands to the Cabana trade show since 2014, one year after its debut in the American market. The event takes place in Miami once a year, always in July, parallel to the SwimShow trade show and the city's fashion week.

In 2019, JOOR sold more than three million products, emerging in more than 144 countries- spread across Europe, North America, Asia and Oceania- with renowned retail stores Anthropologie, Bergdorf Goodman, Galeries Lafayette, Neiman Marcus, Net -A-Porter, Saks Fifth Avenue and Selfridges in its portfolio.

Há uma grande expectativa na realização do próximo Inspiramais – Salão de Design e Inovações de Materiais para Moda. Ele será integralmente digital, com possibilidade de visitação de expositores de forma remota, rodadas de negócio em ambiente virtual, palestras transmitidas ao vivo e outras inovações. Será de 25 a 27 de agosto, com a mesma proposta de sempre: ser referência para o mercado da moda e impulsionar o processo criativo de toda a indústria de confecção, têxtil, calçadista, moveleira, automotiva e de acessórios, contando com o couro como um de seus protagonistas.

Será mantida a estrutura de projetos (como o Preview do Couro) e lançamentos que marcam os mais de 10 anos do Salão de Inovação, mas trazendo tudo para o formato digital. A ideia não é transpor o mundo físico para o virtual, mas sim promover uma experiência nova e perfeitamente viável, com possibilidade de conhecer lançamentos e produtos, participar de toda a programação e efetivar negócios diretos. A participação de expositores e de visitantes será em uma plataforma simples, amigável e intuitiva na internet, proporcionando eficiência e agilidade. 

Vale lembrar que o Inspiramais é grande fonte de referência para designers de moda de muitos países, recebendo a participação de profissionais e empresas do México, Peru, Equador, Estados Unidos, Colômbia, Argentina, Bolívia, Itália, França, Inglaterra e países da Ásia e continente Africano. Para esta edição, o número de empresas inscritas para as Rodadas de Negócios já surpreende, com inscrições de mais de 200 compradores de fora do Brasil para o Projeto Comprador internacional. 

Serviço

INSPIRAMAIS – Salão de Design e Inovações de Materiais para Moda – 2021_II

De 25 a 27 de agosto
www.inspiramais.com.br

Desde 2005, a VERT tem criado tênis diferentes, misturando projetos sociais, justiças econômicas e materiais ecológicos. A união VERT e Darwin traz os modelos nunca lançados, os protótipos, com defeitos mínimos a preços reduzidos e alguns pares da antiga coleção. 

Limpar, reparar e reciclar são as metas entre VERT e Darwin, em testes laboratoriais para criar a loja do futuro. Uma oficina de sapateiro irá reparar e limpar pares de tênis usados, enquanto aqueles em más condições serão coletados e reciclados. 

Darwin é um lugar diferente, um playground em tamanho real para ecologia e inovação social, inspirada na culturas urbanas. Inaugurada em Bordeaux em 2017, seu fundador Philippe Barre teve o desejo e a coragem para renovar esse antigo quartel e transformá-lo em um espaço alternativo, para compartilhamento e reflexão do papel da empresa a serviço do interesse geral e coletivo. 

Esse lugar reúne 50 associações e 200 empresas, quebrando os tradicionais meios de integrar arte, varejo, cultura, trabalho e esporte. Conhecido também por ser um espaço co-working, Darwin é um espaço para compartilhar. Este antigo quartel militar de 90.000 m² no Quai des Queyries, revitaliza a imagem certa de Bordeaux. Abriga cerca de um milhão de pessoas todos os anos, 800 pessoas trabalham lá todos os dias, e esse número tende a crescer conforme os próximos meses. 

Atuando como um núcleo ativista, Darwin desenvolveu uma fazenda urbana, um parque de skate gigante, espaços para artistas grafiteiros, uma mercearia orgânica e um restaurante orgânico chamado Le Magasin Général. Nos últimos anos, Darwin acolheu refugiados e tem sido solidário durante o confinamento social. 

Todo ano, Darwin organiza o festival CLÍMAX que reúne música e debates em torno de assuntos contemporâneos. Convidados tanto como a primatologista Jane Goodall, o filósofo Edgar Morin, o ativista amazônico Raoni ou a atriz Marion Cotillard são bem-vindos. O antigo quartel militar tornou-se um exemplo internacional de comprometimento ecológico. A VERT escolheu este lugar híbrido para lançar seu novo projeto: um espaço para limpar, reparar e reciclar seus pares antigos. 

Sabendo que os sapatos são responsáveis por um quinto dos impactos ambientais gerados pela indústria de vestuário, a designer Paula Ferber decidiu introduzir a matéria-prima EVA green em sua linha de produção de sapatos, bolsas e objetos para o lar.

A EVA Green é uma resina vegetal produzida a partir da cana-de-açúcar, conhecida mundialmente como polietileno verde. Com características como flexibilidade, leveza e resistência, o EVA Green contribui para a redução dos gases causadores do efeito estufa ao capturar e fixar CO² durante seu processo produtivo. Os produtos são identificados pela já conhecida tag com o desenho de um abacaxi, desta vez, na cor verde.

“Minha marca fará 20 anos e, ao refletir sobre como eu gostaria de comemorar esta data, resolvi estudar de que forma diminuir os impactos da nossa empresa no planeta, começando com mudanças de processos e matérias-primas. Com o objetivo de fazer moda e design brasileiros da forma mais autêntica, respeitosa e funcional possíveis para nossa realidade de País e de mundo. Um marco inicial de uma evolução de impacto positivo na marca, para que nossas escolhas sejam cada vez mais sustentáveis”, afirma Paula.

A empresa estabeleceu em 2019 uma parceria com a Materia LAB, empresa de consultoria em sustentabilidade, para analisar os impactos dos processos de produção. Trabalhando em conjunto com toda a equipe da marca, a Materia Lab coletou dados em nível de origem, ciclo de vida e rastreabilidade dos materiais e fornecedores, processos de criação e desenvolvimento até o produto acabado, seus pontos de venda e distribuição em todo o País.

Nessa segunda-feira, dia 29, Alberto Hiar, presidente da ABEST, se encontrou com o presidente do Senado Davi Alcolumbre na residência oficial do Senado, em Brasília.

Na ocasião, o presidente da associação apresentou a ABEST e suas ações em prol da indústria de moda autoral. Durante a reunião, Davi Alcolumbre disse que vai conversar com o Ministro da Economia Paulo Guedes sobre uma possível medida que atenda às necessidades do setor de moda, como a criação de uma linha crédito especial.

“Estou muito satisfeito em saber que o presidente do Senado é sensível às demandas do setor de moda e vê as necessidades do estilista/marca brasileiro, principalmente nesse momento de crise”, conta Alberto Hiar.

From September 30th to October 6th, Brazilian brand Wai Wai will attend the Valery Demure showroom, in Paris. On the occasion, the brand will show its latest Summer 21 collection.

This effort has the support of Fashion Label Brasil - Program of Internationalization of Value-Added Brazilian Fashion, created by ABEST in partnership with Apex-Brasil (Brazilian Agency for Promotion of Exports and Investments).

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