Sistema B, um movimento global mais inclusivo, equitativo e regenerativo

“Uma comunidade global de líderes que usam os seus negócios para a construção de um sistema econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo para as pessoas e para o planeta”, Sistema B Brasil.

O Movimento B é uma possibilidade de futuro para as empresas que acreditam em uma nova economia e tem como objetivo comum alcançar um capitalismo mais consciente e responsável. 

Uma pesquisa da McKinsey & Company destacou a economia circular e a sustentabilidade social, ambiental e econômica como o futuro da moda.

“Os consumidores vão esperar cada vez mais – e exigir – uma ênfase na sustentabilidade das marcas de moda. Modelos de negócios circulares não serão opcionais”.

“Notavelmente, empresas com foco ambiental e social são consideradas por grupos mais jovens como melhores empregadores, e a grande maioria diz que seria mais leal a empresas alinhadas com esses valores”, Business of Fashion.

“Acho que o fato de a marca pertencer à Kering, e ter a Kering expressando compromisso com a sustentabilidade e os valores como um grupo, faz a diferença. Você trabalha em um ambiente onde isso é importante”, Cédric Charbit, presidente-executivo da Balenciaga.

A Certificação como Empresa B é administrada pelos Analistas de Padrões do B Lab, entidade sem fins lucrativos, fundada em 2006 nos Estados Unidos. Os padrões para a Certificação B são supervisionados pelo Conselho Consultivo de Padrões independente do B Lab. O Conselho de Governança Global supervisiona o crescimento global do B Lab e do Movimento B. E, atualmente, o Brasil apresenta 202 empresas certificadas, duas associadas da ABEST, Flávia Aranha e Movin; 705 empresas LATAM; e 3843 empresas no mundo.

“Desde 2016 somos uma empresa certificada pelo Sistema B, uma iniciativa atuante em mais de 50 países que consolida a transparência nos processos de produção e as preocupações com os impactos socioambientais, equiparando-os ao lucro nas prioridades da gestão de uma empresa”, Flávia Aranha.

“Somos a primeira empresa de moda brasileira a receber o certificado de empresa b, o b corp certification, que reconhece e valida novos modelos organizacionais que encorajam o uso do poder dos negócios para resolver problemas sociais e ambientais, sempre em sintonia com o conceito da economia solidária”, Movin.

A Avaliação de Impacto B (BIA), ferramenta gratuita, on-line e exclusiva analisa e acompanha a performance da empresa pelo desempenho e impacto positivo reconhecidos pelo mercado nas cinco áreas: Governança, Trabalhadores, Clientes, Comunidade e Meio Ambiente.

“Nossa certificação visa toda a empresa, não apenas o produto. Analisa como você trata seus trabalhadores, sua comunidade e o meio ambiente”, afirma Katie Kerr, diretora de comunicações do B Lab.

As empresas certificadas pelo Sistema B apresentam seu propósito de impacto no centro do seu modelo de negócio, e promovem os lucros e o crescimento como uma força para o bem: geração do triplo impacto positivo para seus funcionários, comunidades e meio ambiente.

“As Empresas B são um novo tipo de negócio que equilibra propósito e lucro, considerando o impacto de suas decisões em seus trabalhadores, clientes, fornecedores, comunidade e meio ambiente. São empresas que buscam ser melhor PARA o mundo e não apenas as melhores DO mundo”, Sistema B Brasil.

A certificação para uma Empresa B apresenta 4 atributos essenciais: ter um propósito forte – todas as suas ações são motivadas e comprometidas com a geração de impacto positivo para a sociedade e o meio ambiente; incorporar as Cláusulas B – a empresa reforça e protege a sua missão de se comprometer com responsabilidades sociais e ambientais em toda a sua operação; ser comprometida com uma melhora contínua – as Empresas B estão comprometidas a operar com altos padrões de transparência, além de aprimorar continuamente a sua gestão e mensuração de impacto; e atuar com interdependência – o poder da interdependência e colaboração mútua entre as empresas para o desenvolvimento de uma economia mais inclusiva, equitativa e regenerativa.

“Mais que uma certificação, uma prova de comprometimento”, Sistema B Brasil.

Transparência Vert 

“Vert é brasileira no ‘look’, vai além do tênis, olha como é feito.”

“Como são feitos os tênis da Vert? Quanto recebem os trabalhadores? Quanto ganha um produtor de algodão orgânico? Quais são os produtos químicos usados ​​em um par de Vert? A transparência da Vert se resume a cerca de dez perguntas.”

Desde 2004, a Vert define antecipadamente o preço do algodão orgânico e agroecológico, em acordo com associações de produtores do Brasil e do Peru.

Os contratos garantem aos produtores uma maior segurança financeira pelo preço descorrelatado do mercado e das suas flutuações. “Essa segurança é ainda mais forte porque eles sabem quanto vão ganhar com o algodão antes mesmo de plantá-lo.”

A Vert investe em pesquisa e novas tecnologias, e apresenta comércio justo e matérias-primas orgânicas mais equitativas economicamente para todas as partes envolvidas na cadeia produtiva. 

Todo o estoque da loja parisiense e e-shop é administrado pelos funcionários da ASF, Atelier Sans Frontières, responsável ​​por receber os tênis embarcados do Brasil, organizar a armazenagem, preparar e despachar os pedidos. 

O Atelier Sans Frontières promove a inserção profissional das pessoas excluídas do mercado de trabalho, e oferece um emprego remunerado adequado e um apoio social personalizado para desenvolver um plano de carreira.

Comércio Justo 

Desde 2004, a marca aplica os princípios do comércio justo: trabalha diretamente com os produtores e elimina o intermediário.

“Nós pré-financiamos colheitas em até 40%. Ou seja, o algodão orgânico é comprado um ano antes de virar tênis.

No início do ano, acertamos o preço do algodão assinando um contrato anual com os produtores. Dessa forma, os produtores sabem quanto vão ganhar com a colheita antes de plantar uma única semente. Este preço é relacionado ao mercado para garantir que os produtores possam viver decentemente e reinvestir em sua fazenda.”

Materiais ‘preferidos’ da Vert

A Vert considera PET reciclado, algodão orgânico, couro sem cromo, juta orgânica, CWL e algodão reciclado como materiais ‘preferidos’. E o algodão convencional é usado como suporte em alguns tecidos específicos.

B Corp 

“Decidimos realizar essa certificação para melhorar a Vert de várias maneiras.

Agora que a equipe da Vert é formada por mais de 150 talentos, o B corp é uma boa forma de testar a empresa na realidade. Levamos quase um ano para passar por todas as perguntas, e alguns pontos fracos apareceram. Por exemplo, a governança da Vert não é tão boa. Não há conselho, sem investidores e muitas decisões nas mãos dos 2 fundadores.

Portanto, a B Corp nos ajudará a conhecer e destacar nossa fraqueza como projeto e a criar metas e regras melhores. 

Mas ainda há um longo caminho a percorrer. E B Corp vai nos ajudar nessa jornada.”

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