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“Enquanto a moda fala muito mais sobre sustentabilidade, é mais difícil do que nunca distinguir entre as empresas que estão realmente fazendo a diferença e aquelas que fazem greenwashing”, Business of Fashion.

ESG – “environmental, social and governance” (“ambiental, social e governança”) – sigla do momento, repetida e citada nas mídias sociais e artigos e vídeos da mídia tradicional. O ESG expressa quanto e como um negócio apresenta formas de mitigar seus impactos no meio ambiente, construir um mundo mais responsável e manter os melhores processos administrativos.

Os critérios ambientais, sociais e de governança são utilizados também por muitos investidores que priorizam critérios de sustentabilidade, ou seja, investidores que não analisam apenas índices financeiros.

Estamos falando aqui também sobre a responsabilidade da comunicação de uma marca, já que greenwashing pode não só induzir consumidores e investidores ao erro, mas também caracterizar publicidade enganosa e atuação fraudulenta.

O greenwashing prejudica muito a tomada de decisões e impede investimentos para projetos e empresas que efetivamente adotam medidas sustentáveis. Os relatórios de sustentabilidade ou relatórios ESG não podem ser vistos apenas como um documento de marketing ou RP, mas o cuidado com o posicionamento público das empresas, ou seja, o  papel da comunicação, é fundamental.

A Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) do Reino Unido, importante mercado consumidor dos produtos brasileiros, disse ao The Guardian que se prepara para divulgar nomes de grandes empresas de moda que estão no mercado, “Os consumidores estão sendo levados a pagar mais caro por produtos de moda que fazem grandes alegações sobre suas credenciais ambientais, mas não têm evidências para comprová-las”.

Nessa mesma matéria de Helena Horton, a CMA relata que está investigando as alegações do setor de moda da Grã-Bretanha e em breve terá uma lista dos piores infratores.

Estima-se que os consumidores do Reino Unido gastem 54 bilhões de libras anualmente em roupas e calçados, e espera-se que isso continue crescendo nos próximos anos.

“Acreditamos que a crescente demanda dos consumidores por produtos verdes e sua disposição de pagar por esses produtos aumentou o incentivo para que as empresas sejam vistas como verdes, sejam elas verdes ou não”, Cecilia Parker Aranha, the CMA’s director of consumer protection.

https://www.theguardian.com/fashion/2022/mar/11/greenwashing-uk-fashion-firms-to-be-named-and-shamed-by-watchdog

As políticas de ESG têm acelerado as mudanças na postura e nas estratégias de governança, posicionamento, branding e relações públicas. Leia mais sobre como a sustentabilidade tem acelerado as mudanças na postura e nas estratégias de RP…

O que procurar em marcas de moda sustentável

Ao redor do mundo, os mercados estão definindo como as marcas devem redirecionar seus esforços, num grande esforço global pela mudança que a indústria precisa concretizar.

“Trabalhamos com a Copenhagen Fashion Week e a Creative Denmark para entender o que realmente significa ser uma marca responsável no clima atual e o que designers e consumidores podem fazer melhor para cuidar do planeta que chamamos de lar”, Stine Goya.

“É um desafio navegar por todas as informações disponíveis para os consumidores e fazer a escolha certa. A maioria das marcas que desejam fazer uma mudança tem um documento de política de responsabilidade anual, e nós também. É um documento que descreve nossos objetivos específicos e metas para o ano, além de lançar um Relatório de Responsabilidade, em que o progresso da empresa é medido em diferentes níveis”; “Nosso objetivo é ser o mais transparente possível para nossos consumidores. Não somos uma marca 100% responsável – e não é algo que afirmamos ou deveríamos ser. Somos francos em nossa abordagem do que pode ser gerenciado por nossa empresa dado o nosso tamanho e somos progressivos em nossos objetivos para o futuro. Mas estamos determinados a nos tornar pelo menos 90% sustentáveis até 2025 e estamos no caminho certo para fazê-lo”, Stine Goya, Harpers Bazaar.

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“Depois de mais de um ano de pandemia e das experiências de compra em 2020, o consumidor está mais preparado e esperançoso para a Black Friday deste ano.”

A Black Friday, termo norte-americano para a data mais importante do varejo, é o principal evento de descontos do ano e uma oportunidade para as marcas criarem estratégias de queima de estoque e ainda gerar leads para impulsionar as vendas no Natal.

A Behup apresentou resultados de 2020 e previsão para 2021 na pesquisa “Retomada do Consumo 2021 para Inteligência de Mercado Globo”.

Em 2020, a Black Friday ocorreu na pandemia da Covid-19, e as restrições influenciaram o comportamento do consumidor na nova realidade do isolamento social.

“Novos tempos geram novas práticas e costumes, que impactam desde as atividades até os comportamentos de consumo dos brasileiros durante a pandemia.”

Behup – Pesquisa Retomada do Consumo 2021 para Inteligência de Mercado Globo – Amostra: 1.681 pessoas

No isolamento social, o e-commerce foi uma aposta para aproveitar as oportunidades do mercado. 30% afirmaram que na pandemia iniciaram ou aumentaram as compras de produtos online. E, desses, 24% pretendem manter esse comportamento.

Behup – Pesquisa Retomada do Consumo 2021 para Inteligência de Mercado Globo – Amostra: 1.681 pessoas

“80% realizou compras através de novos canais de venda, como whatsapp ou redes sociais de lojas. 25% das pessoas se planejam para comprar em datas promocionais como a Black Friday, por exemplo. 10% participou de live commerce, 53% dessas pessoas acabou comprando algum produto e 88% diz que pretende participar de lives no futuro.”

Categorias de destaque nas live commerces: 
●     Roupas e acessórios (71%);
●     Eletrônicos (69%).

Principais fatores na live commerce: 
●     Preço e condições de pagamento (70%); 
●     Conhecer novos produtos e serviços (68%); 
●     Entender mais sobre os produtos que não podem ser experimentados (58%); 
●     Entender o modo de uso de um produto ou APP (57%); 
●     Tirar dúvidas sobre o que pretende comprar (56%); 
●     Recomendação do apresentador da Live (44%).

Behup – Pesquisa Retomada do Consumo 2021 para Inteligência de Mercado Globo – Amostra: 1.681 pessoas

Depois das experiências de compra na pandemia, 47% dessas pessoas afirmam que pretendem aproveitar a Black Friday 2021, dia 26 de novembro.

“De acordo com o 2020 Retail Index da IBM, a pandemia acelerou a mudança do varejo físico para o e-commerce em até cinco anos. Com a pandemia prestes a continuar causando uma interrupção significativa no varejo físico ao longo de 2021, as marcas estão cada vez mais procurando criar buzz e entusiasmo em torno dos eventos e vendas de compras online. Grandes eventos como a Black Friday ainda vão acontecer, como em 2020, mas com uma presença física reduzida e um foco renovado na experiência omnichannel que leva em consideração as formas como os hábitos de compra mudaram no último ano”, WGSN.

Tendência Omnichannel e o novo comportamento de consumo

“A forma de comprar mudou. Cada vez mais fazemos buscas online antes de ir às lojas físicas. E a tendência omnichannel irá continuar, cada vez com mais destaque e protagonismo para transações no universo digital”, Think with Google.

Como navegar no contexto do novo comportamento de consumo?

A plataforma Think with Google promoveu um guia de commerce para marcas e varejistas com insights, dados e soluções para campanhas omnichannel mais otimizadas e relevantes:

1. Alcance seus clientes enquanto eles navegam

2. Engaje seus usuários enquanto eles fazem buscas

3. Converta pessoas que estão em busca de produtos

4. Se prepare para as compras de fim de ano

Green Friday, Consumo Consciente e Sustentabilidade

“A cadeia de valor da moda linear tradicional transita para um sistema circular”, Business of Fashion.

Green Friday é um movimento que coloca em discussão o consumo excessivo da Black Friday e incentiva o consumo consciente. A iniciativa impulsiona a economia circular e a sustentabilidade para o futuro da moda e a responsabilidade social do consumidor.

O consumo consciente cria uma percepção de que cada aquisição traz um impacto, positivo ou negativo, na economia, relações sociais e na natureza.

“Já consumimos durante todo o ano, mas durante a Black Friday, na última sexta-feira de novembro, começam oficialmente as compras de Natal e o consumismo aumenta ainda mais. Contando com várias promoções e diversos produtos com descontos, é fácil esquecer do consumo consciente e se deixar levar pelo impulso. As promoções da Black Friday incentivam o consumo excessivo, motivado apenas pelo sentimento de posse e não de bem-estar ou necessidade”, Beegreen.

“Um terço (36%) dos britânicos está comprando mais de empresas com fortes credenciais ambientais conforme as prioridades mudam durante a pandemia”, Internet Retailing.

O comprometimento do consumidor e a circularidade promovem a sustentabilidade no consumo e o impacto ambiental positivo. Ao mesmo tempo, o mercado ainda se utiliza de datas como a Black Friday para induzir o consumidor à comprar por impulso. É possível buscar o equilíbrio entre o mercado e o planeta se implementarmos a circularidade como um imperativo dentro das indústrias ao redor do mundo e desenharmos novas estratégias baseadas num pensamento regenerativo e menos consumista. O desafio está posto.

“Modelos de negócios circulares não serão opcionais”, McKinsey & Company

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