Arquivo para Tag: Moda Circular

“Um pacto da conscientização sobre pautas sociais, ambientais e econômicas presentes, não apenas na moda, mas no planeta.”

O Coletivx promove a filosofia da conscientização e responsabilidade social, ambiental e econômica na curadoria das marcas, pelo estudo das 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e o framework de produção e consumo conscientes.

O “ECO = MMERCE” representa um catalisador de mudanças pela difusão do conhecimento e educação das questões macro e na curadoria de marcas e parceiros.

Coletivx é mais do que um e-commerce, é um coletivo e uma comunidade consciente em busca de um futuro (e presente) melhor.”

Filosofias Coletivx

“No Coletivx acreditamos que é possível produzir e consumir de forma mais consciente. Trabalhamos com uma seleção de marcas que tenham em comum o desejo de diminuir o seu impacto e evoluir cada vez mais rumo a uma moda com mais responsabilidade social e ambiental.”

Moda Circular: utilização dos recursos finitos do planeta de uma forma mais sustentável e responsável. A circularidade propõe a reutilização de materiais para aumentar o ciclo de vida do produto e diminuir o seu impacto no meio ambiente.

3 possibilidades para as marcas se aproximarem de um modelo de produção mais circular:

  • Novos produtos a partir de materiais reciclados;
  • Upcycling: a técnica apresenta um novo propósito a materiais já existentes que seriam descartados;
  • Produtos de segunda mão (second-hand).

Eco-friendly: produtos com o objetivo de causar menor impacto na natureza e no mundo.

Baixo/Mínimo Desperdício: o conceito de zero ou mínimo desperdício na moda apresenta uma produção de pouco ou nenhum desperdício têxtil no ciclo produtivo. A técnica permite diferentes formas: criar um design que use 100% de determinado material ou utilizar essas sobras para fazer um outro produto, sempre com o objetivo principal de evitar o descarte e a produção de lixo.

Feito por mulheres: marcas que celebram e valorizam mulheres no mercado de trabalho. A moda como um caminho para o empoderamento feminino.

Artesanal: produtos artesanais e técnicas tradicionais, escolha cuidadosa dos materiais e uma forte conexão entre o criador e o produto final.

“O “feito à mão” não só traz uma conexão mais humana para a moda, mas também uma certa exclusividade para o consumidor, já que a produção dos artigos não é em massa.”

Responsabilidade Social: produtos e marcas que prezam pelo impacto social positivo na comunidade, valorizam seus colaboradores de forma igualitária e justa, além de respeitar a diversidade e praticar a inclusão em toda sua cadeia de produção.

Uso consciente de recursos naturais: por ser uma indústria que utiliza recursos naturais em grande escala, marcas que prezam pelo uso consciente de recursos em sua produção são de extrema importância. Isso compreende a forma que é feita a utilização da água, do solo e dos recursos florestais.

“Para caminharmos rumo a uma produção mais consciente, é interessante utilizar água de reuso ou pensar em formas de redução do uso da água e de energia, repensar a utilização de produtos químicos e claro, preservar as nossas florestas.”

Slow Fashion, atemporal e sob demanda: movimento na moda que valoriza os processos de produção do produto: quem o faz, a maneira como ele é feito, os materiais utilizados, aspectos culturais e o respeito ao tempo de confecção daquele produto. É sobre produzir de uma forma mais desacelerada, consciente e respeitosa com as pessoas e o planeta. Muitas marcas que adotam o movimento trabalham com uma produção sob demanda, evitando o desperdício e o excesso de estoque.

Produção ética e/ou local: a moda ética é aquela que tem como pilar principal a preocupação com as pessoas envolvidas na sua cadeia de produção – condições de trabalho dignas e justas, contribuir para a preservação de tradições culturais e priorizar uma produção local que valoriza a região e a sua comunidade.

Transparência e Comércio Justo: a transparência na moda é fundamental para o desenvolvimento sustentável do setor. Negócios transparentes promovem escolhas mais conscientes.

“É através do conhecimento que conseguimos exigir mais da indústria e iniciar uma discussão aspirando uma moda cada vez mais sustentável.”

Sustentabilidade, Curadoria, Comunidade, Transparência, Educação

A curadoria e análise da marca em 3 etapas:

  1. Análise da marca pelo framework e critérios – marcas devem preencher pelo menos 1 dos 20 critérios;
  2. Reunião com a marca;
  3. Envio de questionário para marca que permite questionar todo o processo produtivo e governança da marca, a fim de verificar sua eco responsabilidade.

“Queremos auxiliar as pessoas a tomarem decisões mais pensadas, e mostrar que é possível consumir de forma mais sustentável; O Coletivx nasce com o objetivo de fomentar o consumo consciente de moda e lifestyle. Queremos marcas que compartilhem conosco tais valores e que se importem com o futuro do nosso planeta, buscando minimizar seus impactos socioambientais e tentando ser suas melhores versões em toda sua cadeia produtiva.”

Marcas Coletivx
Laura Cangussu
PIU.BRAND
SÄL
Tropicalina

“Por vivência pessoal, sei o quão trabalhoso é encontrar marcas comprometidas com questões sociais e ambientais, sem deixar a curadoria de moda de lado. Por isso quis criar um único local em que as pessoas pudessem encontrar todas essas marcas e facilitar que consumam de uma forma mais consciente”, Sofia Oliveira, Coletivx.

Economia Circular

Vivemos uma transição, uma quebra de paradigmas onde a criatividade e a empatia são um imperativo.

Plataformas como a Coletivx abrem caminhos com novas maneiras de trabalhar e cuidar de seus colaboradores.

A abordagem circular estimula a inovação e dá significado aos negócios, dando impulso para o desenvolvimento de novos materiais e processos. Leia mais…

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Desde antes da pandemia, estudos de tendência e futurismo apontam para uma mudança de paradigma, e o futuro da moda não fica fora disso.

A maneira como vivemos e consumimos está em cheque: conhecer e entender processos de trabalho sustentáveis amplia nosso olhar criativo e mostra que é possível transformar por meio de ações concretas, utilizando ferramentas e processos de desenvolvimento de produtos e serviços que respeitem o meio ambiente.

Uma pesquisa da McKinsey & Company reafirma que marcas sustentáveis e os modelos de negócios circulares são o futuro da moda.

“A indústria da moda emite aproximadamente a mesma quantidade de gases de efeito estufa por ano que todas as economias da França, Alemanha e Reino Unido juntas. Em 2030, precisará cortar suas emissões pela metade – ou então ultrapassará o caminho de 1,5 grau para mitigar as mudanças climáticas, estabelecido pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas e ratificado no acordo de Paris de 2015”, McKinsey & Company.

“A cadeia de valor da moda linear tradicional transita para um sistema circular”, Business of Fashion.

Vivemos uma transição, uma mudança e quebra de paradigmas. E agora? A pandemia potencializou ainda mais o que já estava em curso e criou novas demandas para os negócios de moda.

Criatividade e empatia são um imperativo, e as marcas brasileiras têm buscado novas maneiras de trabalhar e cuidar de seus colaboradores. A abordagem circular estimula a inovação e dá significado aos negócios, dando impulso para o desenvolvimento de novos materiais e processos.

O artigo “Uma indústria da moda mais circular exigirá um esforço coletivo”, publicado no The State of Fashion 2021, relatório da indústria de moda global, e co-publicado pelo BoF e McKinsey & Company, apresentou o comprometimento do consumidor e a circularidade como as chaves para um futuro mais sustentável.

“Marcas de luxo estão evoluindo, mais de 75% dos 50 principais players globais de luxo agora estão usando materiais ecológicos, enquanto 75% procuram reduzir embalagens, usar mais energia renovável e reduzir as emissões de carbono”, WGSN.

O que o consumidor quer?

O consumo e futuro conscientes expressam a responsabilidade social do consumidor. “Mais de três em cada cinco consumidores disseram que o impacto ambiental é um fator importante na tomada de decisões de compra”, McKinsey.

E uma maneira promissora para a moda reduzir seu impacto ambiental é ampliar os modelos de negócios circulares, estratégias para reduzir o desperdício e o uso mais eficiente dos recursos. “Quando se trata de proteger o meio ambiente, a indústria da moda sabe que ‘menos é mais’”, quanto menos impacto no planeta, mais benefícios serão gerados para os negócios, as pessoas e o ambiente.

“Apesar dos esforços de alguns participantes, até 12 por cento das fibras ainda são descartadas no chão de fábrica, 25 por cento das roupas permanecem não vendidas e menos de 1 por cento dos produtos são reciclados em novas roupas. Dadas essas métricas, a ação é um imperativo e uma inevitabilidade. Na verdade, a circularidade pode se tornar o maior disruptivo para a indústria da moda na próxima década”, BoF.

A prioridade deve ser definir estratégias circulares, enfrentar os desafios de escalabilidade e tomar medidas para dimensionar soluções.

O desafio do dimensionamento da circularidade é o efeito multiplicador de valor no sistema circular radicalmente diferente do sistema linear. “Em essência, uma única peça de roupa pode criar valor repetidamente – por meio da venda e revenda, aluguel repetido ou sendo vendida, reparada, devolvida, reformada ou reciclada e revendida novamente para reiniciar o ciclo”, afirma a plataforma Business of Fashion.

O dimensionamento da circularidade promove estratégias lideradas por um elenco diversificado de atores e baseadas em três capacidades fundamentais: abraçar o design sustentável- a circularidade começa na prancheta, tecidos e materiais que os designers usam em suas criações, “projetar para o desperdício zero requer inovação de materiais e produtos”; logística reversa crescente – para otimizar a retenção de valor; e apoiar a adoção do cliente – “para consumidores mais jovens nascidos na economia compartilhada, a adoção da circularidade é um passo natural. No entanto, os consumidores mais velhos podem exigir educação e incentivo.”

Em entrevista ao jornal O GLOBO, Oskar Metsavaht, o multiartista, diretor criativo da Osklen, do estúdio OM.art e fundador do Instituto-E (que desenvolve e implementa projetos socioambientais há mais de 20 anos) analisa:

“O que falta é a compreensão do conceito de Desenvolvimento Sustentável Social e Ambiental. A gente esquece que a relação do ser humano com a natureza foi o que levou à evolução civilizatória, com suas conquistas e consequências. Podemos utilizar os recursos naturais para o desenvolvimento econômico, desde que deixemos tudo igual ou melhor do que encontramos para futuras gerações. Minha dica é pensar ASAP, As Sustainable As Possible e As Soon As Possible (em português, ‘o mais sustentável possível’ e ‘o quanto antes’). Ser 100% sustentável de uma hora para a outra não é viável”, Oskar Metsavaht.

Fica claro que a circularidade não é o tipo de revolução que pode ser liderada por alguns, enquanto outros esperam para ver. O esforço deve ser coletivo e colaborativo. E que venham as mudanças.

Ana Khouri e o Projeto Ovo

“‘A mudança não virá se esperarmos por outra pessoa ou em outro momento. Somos aqueles que esperávamos. Somos a mudança que precisamos buscar.’ Esta citação é de Barack Obama. Nós, do Projeto Ovo, adoramos esta citação, pois acreditamos ser da maior urgência nos tornarmos os criadores de nossas vidas e de uma nova realidade, ao invés de sermos vítimas dela.”

Em 2014, a associada Ana Khouri promoveu o Projeto Ovo, uma iniciativa sem fins lucrativos para arrecadar fundos para 80 ONGs brasileiras.

“O projeto OVO faz duas coisas ao mesmo tempo: dá uma nova vida às roupas e ajuda pessoas menos favorecidas por meio da doação de 100% do valor da venda.”

O projeto vende roupas e acessórios de segunda mão na plataforma online, e reverte 100% do valor para causas sociais e ambientais no Brasil.

“O ovo tem significado de renascimento e uma nova vida. Portanto, o nome do projeto. Olhamos para o todo como parte de nós mesmos. E assim, somos um.”

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